22/08/2016 11h30
- Atualizado em
22/08/2016 11h30
Acre registra 2 tentativas de incêndio a casas durante 6ª noite de ataques
Segurança Pública registrou duas ocorrências nas cidades acreanas.
Números são da noite do domingo (21) e madrugada da segunda (22).
Segurança Pública registrou duas ocorrências durante a 6ª noite de ataques (Foto: Diego Gurgel/Secom-AC)
O sexto dia de ataques no Acre, entre a noite do domingo (21) e a
madrugada desta segunda-feira (22), foi marcada por duas tentativas de
incêndio a casas de agentes da Segurança, segundo a Secretaria de
Segurança Pública (Sesp-AC). Os atentados começaram após a morte de um
homem durante troca de tiros com a Polícia Militar (PM).
A Sesp-AC informou que as tentativas ocorreram nos bairros Montanhês e Sobral, em Rio Branco. O órgão também registrou, durante a madrugada desta segunda, uma outra ocorrência em Tarauacá,
distante 400 km da capital. Uma lixeira nos fundos do hospital da
cidade foi incendiada, mas o caso não estaria relacionado aos ataques.
Para o secretário de Segurança, Emylson Farias, o trabalho feito na
operação integrada tem resultado na diminuição dos números de
ocorrências. "Penso que as prisões estão dando resultado sim. Estamos
indo no caminho certo, com essas três ocorrências. A ideia é continuar
com muita força e energia, é a estratégia adequada. Foram três situações
em todo o estado", diz.
Na primeira noite de ataques, terça (16), foram contabilizadas nove ocorrências em Rio Branco. No segundo dia, quarta (17), 16 atentados foram apontados pela polícia na capital e em municípios. Já na quinta-feira (18), terceira noite, a polícia informou uma redução nas ocorrências, somente quatro.
A quarta noite de ataques, entre a sexta (19) e a madrugada do sábado (20), os registros voltaram a subir, com 12 ocorrências em três cidades acreanas - Xapuri, Sena Madureira e também em Rio Branco. O quinto dia de atentados, da noite do sábado (20) e madrugada do domingo (21),
dois situações foram contabilizadas: uma tentativa de incêndio à antiga
sede da Polícia Federal (PF), no Centro da capital; e a apreensão de um
menor suspeito de tentar invadir a casa de um policial.
Motim em presídioNa última sexta (19), detentos do presídio Francisco d’Oliveira Conde, em Rio Branco, realizaram um motim em protesto contra uma revista de celas realizada em decorrência da onda de atentados no estado.
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A revolta terminou com 24 detentos
feridos e encaminhados para Hospital de Urgência e Emergência de Rio
Branco (Huerb). Segundo o diretor de operações da PM, coronel Marcos
Kimpara, um passou por cirurgia e três permaneciam internados no sábado
(20).
A área ao redor do hospital precisou ser interditada e os portões,
fechados para receber os detentos. O tráfego dentro da unidade também
passou a ser restrito e a troca de acompanhantes foi impedida. Kimpara
afirma que, caso haja necessidade, novas revistas devem ser feitas no
presídio.
Sesp-AC registrou apenas duas ocorrências na quinta noite de ataques (Foto: Diego Gurgel/Secom-AC)
Informações falsasA operação integrada de polícias inciada na quarta (17) em resposta à onda de ataques deve continuar a operar por tempo indeterminado, segundo o coronel Marcos Kimpara. Ele reclama das informações falsas que são repassadas pelas redes sociais e causam deslocamentos desnecessários de policiais.
"Tem muita informação falsa no Whatsapp. Então, nesse momento, a gente
pede que a população não espalhe boatos sem que tenha certeza daquela
informação. Vamos atuar até que retorne a situação de normalidade",
afirma.
Início dos ataquesA onda de atentados teve início após Macio Pires Teles do Nascimento, de 18 anos, morrer em uma troca de tiros com a polícia no bairro Vila Acre, na terça (16). Segundo a PM, Nascimento fez uma família refém durante um assalto e, ao tentar fugir, entrou em confronto com a PM e foi baleado.
Uma das nove ocorrências registradadas na primeira noite foi a perda total do arquivo cultural do Parque Capitão Círiaco.
A Sesp-AC anunciou uma operação com a convocação de 373 agentes das
polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal (PRF), do
Exército, do Corpo de Bombeiros e do Batalhão de Policiamento de
Trânsito (BPTrans), além de representantes do Ministério Público (MP-AC)
e do Judiciário.
Fonte: G1 AC
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