segunda-feira, 6 de novembro de 2017

INSTITUTO E TV OFERECEM CURSOS E PROGRAMAÇÃO EM LÍNGUA DE SINAIS

INCLUSÃO
    • Segunda-feira, 06 de novembro de 2017
    Alunos surdos de uma escola de Brasília prestaram o Enem com o recurso de videoprova traduzida em libras (Foto: Mariana Leal/MEC)
    Segundo a coordenadora-geral de Articulação da Política de Inclusão nos Sistemas de Ensino do MEC, Linair Moura Barros Martins, a libras tem uma comunidade falante, minoritária, mas que deve ser respeitada e priorizada na educação. “Nós temos uma parte diversificada do currículo, prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), em que o ensino da libras pode se constituir dentro do currículo escolar”, explica. “Assim, qualquer escola que opte por ensinar a língua de sinais, assim como temos as outras matérias, pode incluí-la no currículo. ”
    Canal bilíngue – Para vencer o desafio de produzir um canal de televisão bilíngue e construir narrativas audiovisuais que conjuguem a língua brasileira de sinais e a língua portuguesa, integrando públicos e com transmissões 24 horas por dia, a TV Ines é uma importante ferramenta a contemplar o público surdo ou com alguma dificuldade auditiva.
    Para o gerente de produção da TV Ines, Cláudio Jardim, o surdo assume o papel de protagonista na emissora. “Aqui, ele é maior do que a imagem que está sendo mostrada”, afirma. “É uma TV de inclusão, onde o surdo tem acesso a coisas que vão diretamente ao encontro do que eles querem saber – não ouvir, mas saber. ”
    O veículo é subsidiado pela Lei nº 10.436, sancionada em 24 de abril de 2002, que tanto reconhece a libras como a segunda língua oficial do Brasil quanto reforça a responsabilidade do poder público e empresas ligadas ao serviço público em usar e disseminar a linguagem de sinais como uma comunicação objetiva.
    Os programas são desenvolvidos por uma equipe de profissionais surdos, ouvintes, tradutores intérpretes e profissionais do Ines. Emissora web, ela é transmitida em streaming (tecnologia que envia informações multimídia, através da transferência de dados, utilizando redes de computadores, tornando as conexões mais rápidas) vídeo sob demanda, aplicativos para smartphones, tablets e televisões conectadas à internet.
    Integração – Em funcionamento desde abril de 2013, a TV Ines prioriza libras e conta com legendas e locução em todos os produtos. Isso transforma o veículo como único na proposta de integrar os públicos surdo e ouvinte em uma grade de programação bilíngue.
    “Somos a única televisão brasileira a oferecer programação completa para surdos e ouvintes. Só existem cinco emissoras no mundo com atividade semelhante”, lembra Cláudio Jardim, reforçando que a grade de programação é eclética, com foco na comunicação educativa e com informação, cultura, entretenimento, esporte, documentários, desenhos animados, tecnologia, aulas de libras, revistas eletrônicas, filmes com legendas descritivas e um talk show em língua brasileira de sinais.
    Criada em parceria com o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) e a Associação de Comunicação Educativa Roquette-Pinto (Acerp), a TV Ines conquista grande audiência nas diferentes plataformas. Já são mais de três milhões de pessoas acessando a programação nos múltiplos canais de transmissão. E os desafios não param: em breve, eles querem chegar às redes de transmissão por canal a cabo.
    Enem – Destacando a importância desse público e da questão da inclusão no país, o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017, realizado no último domingo, 5, foi “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”. Aproximadamente 3 mil candidatos foram inscritos no processo de avaliação como surdos. Desses, cerca de 1,7 mil fizeram uso de uma novidade na aplicação especializada: a videoprova traduzida em libras. Os outros 1,3 mil realizaram as provas com auxílios tradicionais de tradutores.
    Confira aqui mais informações sobre o curso de formação em libras oferecido pelo Ines.
    Assessoria de Comunicação Social
    Fonte: Portal do Mec

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