Polícia faz reprodução e já tem autores de envenenamento em MS
CRIME NA MÁXIMA
Seis agentes tomaram café envenenado; polícia investiga mandante
Polícia
Civil já identificou os presos responsáveis pelo envenenamento de seis
agentes penitenciários do Presídio de Segurança Máxima da Capital,
ocorrido no dia 20 de abril deste ano.
Reprodução simulada foi realizada hoje envolvendo os agentes e presos
que trabalhavam no refeitório na época. Agentes passaram mal e foram
hospitalizados depois de tomarem café feito pelos detentos.
A reprodução foi solicitada pela Delegacia Especializada de Combate
ao Crime Organizado (Deco) e realizada pela perícia criminal, com
apoio da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a
Assalto e Sequestro (Garras).
De acordo com a delegada da Deco, Ana Cláudia Medina, a investigação
segue desde abril e a reconstituição foi feita para estabelecer a
dinâmica do crime e chegar ao autor da tentativa de homicídio.
“No caso em questão, nós temos a autoria de execução e do mandante.
Nesse momento, a execução está estabelecida, mas a gente mantém ela de
forma reservada. Agora vamos verificar o mandante desse crime”, disse.
Segundo o perito criminal Domingos Sávio de Oliveira, esta é a primeira vez que uma reprodução simulada é feita na Máxima.
“Chamamos alguns presos suspeitos e os agentes que passaram mal.
Durante os trabalhos, a gente conseguiu excluir algumas vertentes da
investigação”, afirmou o perito criminal.
Laudo pericial deve ser concluído em 10 dias e, a partir do que for
constatado, a polícia deve prosseguir nas investigações, com
interrogatório e indiciamento dos suspeitos.
O CASO
Seis agentes penitenciários foram socorridos na manhã do dia 20 de
abril, no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima, depois de terem
sido envenenados.
No local, o café da manhã era servido às 8h30. Por voltas das 9h15,
um dos agentes começou a apresentar os primeiros sintomas e, em seguida,
os outros também começaram a passar mal.
Eles tiveram vômito, diarreia e outros sintomas e foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O envenenamento teria sido motivado por represália a uma ação de agentes penitenciários em treinamento no presídio.
Fonte: Correio do Estado /MS
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