12/12/2016
Segundo a UFRN, maior tremor foi registrado às 0h29.
Região de João Câmara é conhecida pelos tremores de terra.
Cidade de João Câmara fica localizada na falha geológica da Samambaia (Foto: Reprodução/LabSis)
A cidade de João Câmara,
no Agreste potiguar, registrou 17 tremores de terra na madrugada desta
segunda-feira (12). De acordo com o técnico do Laboratório Sismológico
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
e professor do Departamento de Geofísica, Eduardo Menezes, os tremores
ocorreram entre 0h e 6h, o maior atingiu magnitude de 2,1 graus na
escala Richter.
Segundo o especialista, os moradores ficaram muito assustados. "Ninguém quer viver isso de novo", disse ele lembrando do abalo de 30 de novembro de 1986, considerado o maior do RN. Na época, os tremores atingiram magnitude de 5.1º da Escala Richter.
Eduardo Menezes diz que a magnitude de 2,1 graus é de pequena
intensidade e quase não é sentido por moradores das regiões afetadas. Na
maioria das vezes não provoca desastres, apenas balanço de telhas,
portas e pequenas fissuras dependendo da estrutura de cada construção.
"Como faz tempo que a cidade não sentia um tremor, o fato chama atenção,
A cidade está assustada", comenta Eduardo.
O epicentro dos tremores ocorreu na área que está localizada na parte
norte da falha sísmica de samambaia. O professor ainda lembrou que os
tremores de terra são comuns na região de João Câmara. "É muito comum,
mas é imprevisível, não tem como saber quando será o próximo", explica.
Áreas sísmicas ativas
De acordo com o Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN), a borda da Bacia Potiguar (Rio Grande
do Norte e leste do Ceará), é uma das áreas sísmicas mais ativas do
Nordeste do Brasil.
Escala Ritcher
Criada em 1935 pelo sismólogo americano Charles F. Richter, integrante
do Instituto de Tecnologia da Califórnia, a escala Richter foi
desenvolvida para medir a magnitude dos terremotos, que consiste no ato
de quantificar a energia liberada no foco do terremoto. É uma escala que
se inicia no grau zero e é infinita (teoricamente), no entanto, nunca
foi registrado um terremoto igual ou superior a 10 graus na escala
Richter. Um dos fatores é que ela se baseia num princípio logarítmico,
ou seja, um terremoto de magnitude 6, por exemplo, produz efeitos dez
vezes maiores que um outro de 5, e assim sucessivamente.
Tremores foram registrado pela UFRN (Foto: Reprodução/LabSis)
Fonte: G1 RN
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