Médicos são preparados para atuar em esquadrões de voo
O
Centro de Instrução Especializada da Aeronáutica (CIEAR) concluiu, na
última quinta-feira (15/12), a especialização de 43 oficiais no Curso de
Medicina Aeroespacial (CEMAE). Além dos médicos da Força Aérea
Brasileira, participaram dois de Nações Amigas (Togo e Venezuela), dois
do Exército Brasileiro, três da Marinha do Brasil. A solenidade foi
presidida pelo Diretor de Saúde da Aeronáutica (DIRSA), Major-Brigadeiro
Médico Armando Celente Soares.
“É
extremamente importante. Todo médico da Aeronáutica tem que ter esse
curso. Podemos considerá-lo um divisor de águas”, explica a Capitão
Médica Elga Dias Gomes, do Instituto de Medicina Aeroespacial (IMAE),
sobre a importância dos conhecimentos transmitidos no curso. O órgão é o
responsável técnico pela capacitação dos profissionais de carreira após
a formação militar. A especialização é pré-requisito para que os
médicos sejam designados para atuar nas unidades da Aeronáutica em todo o
País.
De
acordo com a equipe técnica, o curso tem a finalidade de proporcionar
aos alunos condições de aprendizagem que os habilitem a explicar os
aspectos fisiopatológicos e clínicos decorrentes da atividade
aeroespacial, atuar preventivamente face às patologias decorrentes da
atividade aeroespacial e participar como membro de diferentes juntas de
saúde do Comando da Aeronáutica.
Por
isso, ao longo de nove semanas, os profissionais foram preparados para
conhecer as reações do corpo humano. Foram ministradas diversas aulas
nas áreas de fisiologia aeroespacial, saúde ocupacional em aviação,
saúde operacional, transporte aeromédico, medicina preventiva
operacional e clínicas aeromédicas.
No
treinamento, é enfatizada a parte prática. Os médicos realizam todo o
protocolo de testes de fisiologia do IMAE aplicado aos aviadores de caça
FAB, como a câmara hipobárica e o assento ejetável. Os profissionais
também receberam instruções sobre como proceder em casos de remoção
aérea de pacientes.
“Os
médicos conhecem o que pode ser feito para minimizar os efeitos da
altitude no corpo humano e evitar que isso possa provocar acidentes”,
detalha a Capitão. A oficial explica ainda que ao longo da formação
básica em medicina, os profissionais não recebem essa preparação,
reforçando a importância do Comando da Aeronáutica oferecer o curso.
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