16/12/2016 10h55
*A matéria foi modificada às 11h37 para esclarecimento de informação
Brasília
Paula Laboissière* – Repórter da Agência Brasil
O pastor da Igreja Assembleia de Deus Silas
Malafaia é alvo da Operação Timóteo, da Polícia Federal. A informação é
da assessoria de imprensa do religioso que confirmou que há um mandado
de condução coercitiva em nome de Malafaia.
Por meio de seu
perfil na rede social Twitter, o pastor disse que foi acordado na manhã
de hoje por um telefonema que informava que a corporação havia estado em
sua casa. “Estou em São Paulo e vou me apresentar”, garantiu.
Em
outro post, ele explicou que recebeu um cheque no valor de R$ 100 mil
de um amigo também pastor. “Não sei e não conheço o que ele faz. Tanto é
que o cheque foi depositado em conta. Por causa disso sou ladrão?”,
questionou.
Ainda em seu perfil no Twitter, Malafaia disse
receber ofertas de inúmeras pessoas e que declara todos os valores por
meio do imposto de renda. “Quer dizer que, se alguém for bandido e me
der uma oferta, sem eu saber a origem, sou bandido?”.
Ao
final, o pastor classificou a condução coercitiva como uma tentativa
para desmoralizá-lo em meio à opinião pública. “Não poderia ter sido
convidado a depor? Vergonhoso”, disse. “Será que a Justiça não tem bom
senso? Pra saber que eu recebi um cheque de uma pessoa e isso me torna
participante de crime? Estou indignado”, concluiu.
Operação
A
Polícia Federal deflagrou hoje a Operação Timóteo, com ações em 11
estados e no Distrito Federal. Estão sendo realizadas buscas e
apreensões em 52 endereços relacionados a uma organização criminosa
investigada por esquema de corrupção em cobranças judiciais de royalties
da exploração mineral.
“Entre uns dos investigados por esse
apoio na lavagem do dinheiro está uma liderança religiosa, que recebeu
valores do principal escritório de advocacia responsável pelo esquema. A
suspeita a ser esclarecida pelos policiais é se esse líder religioso
pode ter 'emprestado' contas correntes de uma instituição religiosa sob
sua influência, com a intenção de ocultar a origem ilícita dos valores”,
informou a corporação.
*A matéria foi modificada às 11h37 para esclarecimento de informação
Edição: Maria Claudia
Fonte: Agência Brasil
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