22/12/2016 10h56
Brasília
Brasília
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil
Em
discurso de abertura durante café da manhã com jornalistas, o
presidente Michel Temer fez três anúncios: os juros do rotativo do
cartão de crédito serão reduzidos pela metade; os trabalhadores poderão
sacar todo o dinheiro que têm em contas inativas do Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço (FGTS); e o governo vai editar uma medida
provisória para regularizar propriedades em área urbana.
“O
momento que nós vivemos na economia demanda a adoção de medidas que
permitam ainda de forma parcial uma recomposição da renda do
trabalhador”, defendeu Temer.
Em relação ao FGTS, o governo
anunciou que os trabalhadores poderão sacar todo o valor das conta
inativas até dezembro de 2015. A expectativa é que os trabalhadores usem
o dinheiro para quitar dívidas. O volume está estimado em R$ 30
bilhões, o equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Na semana que vem, Temer diz que pretende editar uma medida provisória
para tratar da regularização fundiária nas cidades. Segundo ele, a
questão está sendo finalizada pelo Ministério das Cidades e do
Planejamento. A intenção é dar um endereço “sobretudo àqueles que têm
pequenas propriedades”. O governo deverá também dar títulos aos
assentados que ainda não têm o direito à propriedade.
O
presidente também ressaltou a boa relação com o Congresso Nacional.
“Essa relação entre Executivo e Legislativo é fundamental, uma das
chaves do nosso governo. A palavra é diálogo, quando você reinstaura
diálogo com o Congresso e diálogo com a sociedade, a tendência é que as
coisas fluam com muita naturalidade”.
Reforma Trabalhista
O presidente comentou ainda mudanças na área trabalhista que serão
anunciadas ainda nesta manhã no Palácio do Planalto. Segundo Temer, o
texto foi construído em conjunto com trabalhadores e empregadores. “Isso
tudo foi muito bem negociado”, disse.
O governo vai enviar ao
Congresso uma medida provisória que trata da renovação do Programa de
Manutenção e Geração de Empregos, cuja vigência terminaria neste ano.
Temer diz que demais mudanças nas regras deverão ser encaminhadas em
formato de projeto de lei, uma vez que não há requisito de urgência.
Edição: Lílian Beraldo
Fonte Agência Brasil
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