24/01/2017 19h20
Brasília
Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse
hoje (24) que os primeiros homens da Força-Tarefa de Intervenção
Penitenciária devem começar a chegar ao Rio Grande do Norte a partir de
amanhã (25), quando a autorização dele para a liberação do grupo será
publicada. A força-tarefa é o braço penitenciário da Força Nacional de
Segurança e é composta por agentes penitenciários cedidos pelo governo
federal e por governos estaduais para atuar em presídios onde ocorram
rebeliões.
Antes da formação deste grupo, a Força Nacional não
podia atuar em presídios, por ser composta basicamente por policiais
militares. Os agentes penitenciários da força-tarefa são treinados e/ou
têm experiência para atuarem nessas instituições e utilizarão
equipamentos específicos. “Quem cuida de presos, quem sabe o protocolo
em relação aos presos são os agentes penitenciários”, disse o ministro.
No
total, a força-tarefa terá 100 agentes, dos quais uma parte irá
imediatamente para o Rio Grande do Norte a pedido do governador Robson
Faria. Eles vão ajudar a manter a ordem na Penitenciária Estadual de
Alcaçuz, em Nísia Floresta, região metropolitana de Natal enquanto
ocorrem as obras de reconstrução do presídio, que foi depredado após a
última rebelião.
Mais
cedo, tropas especiais da Polícia Militar voltaram a entrar em Alcaçuz.
Segundo a Secretaria Estadual da Segurança Pública e da Defesa Social,
os policiais vão revistar as celas e dependências da unidade em busca de
armas, aparelhos celulares e drogas, além de recontar os detentos e
garantir a segurança das equipes que estão erguendo um muro de
contêineres para separar os presos de facções criminosas rivais.
A
Penitenciária de Alcaçuz vive uma guerra entre duas facções desde o dia
14 de janeiro, quando pelo menos 26 presos foram assassinados
brutalmente e boa parte da unidade passou a ser controlada pelos
detentos. Agora, o plano das autoridades de segurança pública é manter
homens das três tropas especiais no interior do estabelecimento até a
conclusão da instalação dos seis últimos contêineres, antes de iniciar a
construção do muro definitivo, de concreto, que dividirá a área interna
da penitenciária.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública e da
Defesa Social, o muro definitivo deve ficar pronto em pouco mais de 15
dias. As placas pré-moldadas já foram encomendadas e, segundo o
fabricante, devem ser entregues em cerca de dez dias.
Edição: Luana Lourenço
Fonte: Agência Brasil
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