09/01/2017
Portaria do Ministério da Justiça foi publicada nesta segunda-feira (9).
Reforço foi enviado em março para atuar nas unidades prisionais do estado.
Força Nacional faz a contenção dos presos na penitenciária Raimundo Nonato (Foto: Divulgação/Sejuc-RN)
O Ministério da Justiça prorrogou por mais 60 dias a presença da Força
Nacional no Rio Grande do Norte. Os policiais enviados pelo governo
federal estão atuando no patrulhamento das ruas e podem atuar na
segurança do perímetro externo das unidades prisionais localizadas na
Grande Natal. A Força Nacional chegou ao estado em março de 2015 durante a série de motins iniciada no sistema prisional do estado.
A prorrogação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta
segunda-feira (9). O prazo de apoio da Força Nacional de Segurança
Pública ao Rio Grande do Norte ainda poderá ser prorrogado caso haja
necessidade.
Em 2016 chegou a 373 o número de detentos que conseguiram escapar do
sistema prisional potiguar somente este ano. O número foi superior ao
ano de 2015, quando 212 presos fugiram.
Força Nacional atua em situações de crise
A Força Nacional de Segurança foi criada em 2004 para atuar em
situações de crise e emergência. Todos os estados cedem policiais
militares e civis, bombeiros e peritos para compor o efetivo. Em troca,
os governadores podem solicitar a presença da força quando acharem
necessário.
Calamidade Pública
O
sistema penitenciário potiguar entrou em calamidade pública em março de
2015, logo após uma série de rebeliões em várias unidades prisionais.
Na ocasião, o governo pediu ajuda à Força Nacional. Para a recuperação
de 14 presídios (todos depredados durante os motins), foram gastos mais
de R$ 7 milhões. Tudo em vão. As melhorias feitas foram novamente
destruídas. Atualmente, em várias unidades, as celas não possuem grades e
os presos circulam livremente dentro dos pavilhões.
Deficit carcerário
Segundo a Secretaria de Justiça e da Cidadania (Sejuc), órgão responsável pelo sistema prisional do estado, o Rio Grande do Norte
possui 33 unidades prisionais. Juntas, elas oferecem 3,5 mil vagas para
uma população carcerária de 8 mil presos, ou seja, deficit de 4,5 mil
vagas.
Fonte: G1 RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário