09/01/2017
Brasília
Mariana Branco – Repórter da Agência Brasil
O mercado financeiro espera que a inflação medida
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em 4,81%
este ano. A projeção está no boletim Focus, pesquisa semanal do Banco
Central (BC) feita com instituições financeiras e divulgada sempre às
segundas-feiras. Na semana passada, a previsão para o IPCA era 4,87%.
A
expectativa é de que a inflação de 2017 se situe bem abaixo da
projetada para 2016, cuja estimativa passou de 6,38% para 6,35%, entre a
primeira semana de janeiro e esta semana.
Para
a Selic, taxa básica de juros da economia, a previsão do mercado foi
mantida em 10,25% ao ano. As instituições financeiras, portanto, apostam
na continuidade da trajetória de redução dos juros.
Diante da
recessão econômica e da melhora na inflação, o BC tem sinalizado que
pode intensificar o corte da taxa básica. Nas duas últimas decisões, o
Comitê de Política Monetária (Copom) do BC cortou a Selic em 0,25 ponto
percentual. Atualmente, a taxa está em 13,75% ao ano. A próxima reunião
do Copom começa amanhã (10) e a decisão em relação à Selic será
anunciada na terça (11).
A Selic é um dos instrumentos usados
para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação.
Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e
isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o
crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos,
a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção
e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.
A projeção
de instituições financeiras para o crescimento da economia (Produto
Interno Bruto – PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país)
este ano permanece em 0,50%.
Edição: Graça Adjuto
Fonte: Agência Brasil
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