Mortes ocorreram em Ladainha, Ubaporanga, Ipanema, Itambacuri, Malacacheta e Piedade
A febre amarela é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti
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A Secretaria de Saúde de Minas Gerais divulgou hoje (13) novo boletim
epidemiológico sobre a febre amarela no Estado. Já existem 133 casos
suspeitos da doença, dos quais 20 são considerados prováveis, pois há
exames laboratoriais positivos. A confirmação definitiva, porém, só
acontecerá após investigação de outros fatores.
Os dados também apontam que há 38 óbitos suspeitos, sendo 10 deles
prováveis. As mortes ocorreram nos municípios de Ladainha, Ubaporanga,
Ipanema, Itambacuri, Malacacheta e Piedade de Caratinga.
O governador Fernando Pimentel decretou situação de emergência em saúde pública
na área de abrangência das unidades regionais de Coronel Fabriciano,
Governador Valadares, Manhumirim e Teófilo Otoni. Essa região, que
inclui 152 municípios, é a mais afetada pelas ocorrências da febre
amarela no estado.
A situação de emergência autoriza a adoção de medidas administrativas
para conter a doença e agiliza processos para a aquisição pública de
insumos e materiais e a contratação de serviços necessários, dispensando
licitação em alguns casos. Também fica permitida a contratação de
funcionários temporários para ações exclusivas de combate à enfermidade.
Brasil está sentado em 'bomba-relógio', diz especialista sobre febre amarelaVacinação
A recomendação para a população é manter em dia a vacinação contra a
febre amarela, disponibilizada gratuitamente nos postos de saúde por
meio do SUS (Sistema Único de Saúde). A aplicação ocorre em dose única,
devendo ser reforçada após 10 anos.
No caso de crianças, é administrada uma dose aos nove meses e um reforço
aos quatro anos de idade. Mas, como se trata de uma situação atípica,
que inspira cuidados, nas regiões afetadas, bebês com seis meses estão
recebendo duas doses com intervalo de 30 dias.
Surto de febre amarela em MG provoca corrida a postos de vacinação
A SES-MG alerta que pessoas que nunca se imunizaram contra a febre
amarela e moradores das áreas suspeitas devem se vacinar com urgência.
Quem for viajar a estes locais deve ir ao posto de saúde com 10 dias de
antecedência.
No município de Ladainha (MG), que registra a situação mais preocupante,
a prefeitura espera concluir a vacinação de toda a população até a
próxima semana. Com cerca de 20 mil habitantes, a cidade possui 29 casos
suspeitos. Além disso, três pacientes que foram a óbito são
considerados casos prováveis.
A febre amarela é causada por um vírus da família Flaviviridae e ocorre
em alguns países da América do Sul, da América Central e da África. No
meio rural e silvestre, é transmitida pelo mosquito Haemagogus. Já em
área urbana, o vetor é o Aedes aegypti, o mesmo da dengue, do zika vírus
e da febre chikungunya.
Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão da febre amarela no Brasil
não ocorre em áreas urbanas desde 1942. Até o momento, todos os casos
suspeitos em Minas Gerais são considerados de transmissão silvestre.
Da Agência Brasil
Via R7
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