02/01/2017
A
perseguição aos cristãos continuará crescendo em 2017, particularmente
em países islâmicos onde geralmente ocorre tanto por parte do governo
quanto de grupos extremistas. É o que apontam os novos relatórios do
Release International e Portas Abertas, organizações que apoiam os
cristãos perseguidos no mundo.
O Center for Study of Global
Christianity mostrou recentemente um levantamento provando que um
cristão foi morto a cada seis minutos em 2016. Essa tendência vem se
mantendo em alta pelos últimos anos.
Segundo a Release, os índices de
perseguição devem subir no Médio Oriente, Nigéria, Paquistão, Irã, China
e Índia no próximo ano. A organização afirma que seu relatório,
mostrando uma tendência de aumento dos casos de perseguição para 2017, é
“um chamado para o despertamento da igreja e que haja mais orações e
apoio prático para os cristãos que vivem nesses países”.
No Oriente Médio, a ostensiva do Estado
Islâmico e grupos aliados contra os não muçulmanos, deverá continuar,
especialmente na Síria e no Iraque. Isso significa que o conflito irá
continuar alimentando a crises de refugiados na região. A Release prevê
que o Curdistão, onde quase 2 milhões de pessoas deslocadas estão
refugiadas, é motivo de especial preocupação.
Já no continente africano, os ataques
contra cristãos no norte da Nigéria – e países vizinhos – continuarão
aumentando, pois além dos soldados do Boko Haram, outro grupo que segue
os passos do Estado Islâmico é o de pastores Fulani, que vêm atacando os
estados do sul.
No continente asiático, o Paquistão
tende a aumentar a perseguição aos cristãos baseada em suas “leis de
blasfêmia”. A julgar pelos últimos meses de 2016, o quadro que se
desenha é multiplicação dos casos de “discriminação religiosa e
conversões forçadas ao Islã”. A proximidade com o Afeganistão vem
possibilitando a multiplicação de grupos extremistas ligados ao Talibã e
a Al Qaeda.
A China é um caso à parte, já que a
repressão às igrejas domésticas é amplamente divulgada pelo próprio
governo. Os cristãos são vistos como ameaça, e muitos fiéis têm sido
falsamente acusados de estarem envolvidos em espionagem e porem em
perigo a segurança do Estado.
Até mesmo o Vaticano sinalizou que
pretende se dobrar às exigências de que as poucas igrejas oficiais sejam
totalmente controladas pelo partido comunista. Aqueles que se recusam
continuarão sofrendo retaliações, prisões e, em alguns casos, a morte.
Alexandrepfilho Via Verdade Gospel.
Fonte: Gospel Prime
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