26/01/2017 12h42
Rio de Janeiro
Isabela Vieira - Repórter Agência Brasil
A Polícia Federal no Rio de Janeiro prendeu na
manhã de hoje (26), Álvaro Novis, Sérgio de Castro Oliveira, Thiago
Aragão e Flávio Godinho. Os quatro faziam parte da organização criminosa
liderada pelo ex-governador do estado, Sérgio Cabral, que já está
preso, conforme a Operação Eficiência, feita pela força-tarefa da
Operação Lava Jato. A operação apura um esquema usado para ocultar mais
de R$ 340 milhões enviados ao exterior.
Os procuradores do
Ministério Público Federal (MPF) pediram à Justiça a prisão de dez
pessoas, tendo sido nove autorizadas, incluindo o ex-assessor e o
operador de Cabral no esquema Francisco Assis Neto e do empresário Eike
Batista, ambos fora do país. Os demais pedidos de prisão foram contra o
próprio governador e outro ex-assessor Carlos Miranda, além do
ex-secretário estadual de Governo Wilson Carlos, que também já estão
detitos.
Saiba Mais
A
Polícia Federal tenta confirmar o embarque de Eike para Nova Iorque, na
última terça-feira (24), com um passaporte alemão, quando a Justiça já
tinha emitido o mandado de prisão. O empresário deve se apresentar
imediatamente para não ser considerado foragido. A Interpol, (polícia
internacional), já foi contatada para ajudar nas buscas.
De
acordo com o delegado Tacio Muzzi, um dos coordenadores da Operação
Eficiência, ainda é cedo para dizer que houve a intenção de fuga de
Eike. "Estamos tendo cuidado para ver se há espontaneidade dele se
apresentar à Justiça ou não ", disse, sugerindo que o prazo é até o
final do dia. O advogado do empresário, Fernando Martins, afirmou mais cedo que seu cliente participa de reuniões de negócios e que a intenção de Eike é cooperar.
Eike
Batista e o executivo Flávio Godinho, do grupo EBX, são acusados de
pagar de US$ 16,5 milhões ao ex-governador, em troca de benefícios em
obras, usando uma conta fora do país. Eike Batista, Godinho e Cabral
também são suspeitos de terem obstruído investigações.
A operação
da PF foi feita com base em depoimentos dos delatores Renato Hasson
Chebar, que atuava no mercado financeiro e seu irmão, Marcelo Hasson
Chebar, em troca de benefícios penais. Eles estão envolvidos na remessa
de US$ 100 milhões do ex-governador para fora do país. Há suspeita que
eles tenham utilizado mais de cinco contas para dividir o dinheiro.
Edição: Valéria Aguiar
Fonte: Agência Brasil
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