23/01/2017
Esther*
nasceu em uma família da tribo Sama, no Sul das Filipinas. Sama é um
dos grupos muçulmanos muito conhecido pelas crenças animistas. “Eu e
minha família vivíamos com medo dos espíritos. Todos reverenciavam aos
antepassados mais do que a Deus, até que um dia, quando eu tinha sete
anos de idade, quase morri devido a várias doenças”, conta.
Durante esse período a pequena Esther
ficou fraca e não queria mais comer. Sua pele secou e ficou com a cor
violeta. Sua família estava convencida de que ela iria morrer, então se
preocupou por não ter um caixão ainda preparado. Essa situação mudou
dramaticamente quando uma de suas tias, que era cristã, foi visitá-la.
“Essa tia orou e jejuou pela minha cura e depois de uma semana eu fiquei
bem, e na outra semana ainda melhor. Depois disso, todos de minha
família abandonaram as práticas animistas para seguir a Cristo”, afirma.
Início da vida cristã
Depois do milagre, Esther cresceu
frequentando uma escola dominical, aprendendo sobre Jesus e a Bíblia.
Seu desejo de conhecer a Deus crescia a cada dia e, quando ela completou
12 anos, ela selou seu compromisso com o Senhor através do batismo nas
águas. Ao crescer em sua fé, veio então o desejo de servir a Deus em seu
coração.
“Se não fosse pelas restrições
financeiras, eu seguiria em frente com meus estudos até concluir uma
faculdade teológica”, diz. E apesar de não ter esse sonho totalmente
concluído, surgiu uma oportunidade. A Portas Abertas lhe ofereceu um
curso de Liderança Cristã e ela teve a chance de realizar uma grande
obra no meio do seu povo. Ela também participou de um treinamento para o
ministério de ensino, a fim de alfabetizar os cristãos filipinos
durante 7 anos.
Ameaças, perigos e desafios
“Um dia, a caminho da aula de
alfabetização, um homem muçulmano me parou e ameaçou atirar em mim com
uma arma, caso eu continuasse ensinando e compartilhando minha fé em
Cristo. Eu sorri para ele e segui em frente. Para minha surpresa, ele
nunca mais me parou e ainda sorria sempre que eu passava para visitar
sua comunidade”, relata.
Em 2006, Esther passou a ajudar no
programa de alfabetização como assistente de coordenadoria. Embora ela
tivesse recusado a oportunidade por não saber manusear um computador,
tudo deu certo e ela já completou 10 anos no cargo. Ela também atende às
mulheres num curso de tecelagem. “Eu sempre dizia não a estes convites,
achando que não teria capacidade de executar tantos trabalhos, mas Deus
sempre usa as pessoas para rebater minha negatividade e me empurrar
para frente, mostrando que minha fé não tem limites”, disse ela
sorrindo.
Atualmente, Esther está casada e tem uma
filha. Ela e o marido recebem ameaças de morte constantemente,
principalmente nas comunidades onde realizam estudos bíblicos. Há dias
em que alguns moradores de aldeias esperam por eles, durante horas, para
prejudicá-los. “Milagrosamente, Deus sempre usa alguns irmãos para nos
avisar e nos levam para rotas mais seguras. Com todas as ameaças,
dificuldades, problemas e provações que passamos, nunca deixaremos de
servir ao Senhor. Eu não posso parar de dizer às pessoas sobre Jesus
porque eu mesma já experimentei o poder, o amor, a bondade e a
fidelidade dele em nossas vidas”, finaliza Esther.
*Nome alterado por motivo de segurança
Alexandrepfilho Via Verdade Gospel.
Fonte: Portas Abertas
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