22/02/2017
Brasília
Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil
O governo federal anunciou a retomada de 436 obras paralisadas em
todo o país. No total, são 1.600 obras abandonadas. O anúncio foi feito
pelo ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, na tarde de hoje (22),
em Brasília.
As obras retomadas têm custo de R$ 847 milhões,
estão espalhadas pelo Brasil e atendem diretamente à população. Entre as
obras retomadas, por exemplo, 89 são creches, pré-escolas ou quadras
escolares.
“São obras que têm um apelo muito próximo das pessoas,
que são de atendimento da população. São creches, escolas de pequeno
porte, intervenções de saneamento. São obras que têm um significado
muito grande para aquela população que está sendo atendida. Era uma
situação lamentável o abandono das obras no meio do caminho”, disse o
ministro, em entrevista coletiva.
A área de educação é a mais
beneficiada pela retomada. Das 436 obras retomadas, 230 são dessa área.
Uma escola de educação infantil em Campos dos Goytacazes (RJ), outra em
Maruim (SE), além de uma quadra escolar coberta em Sarzedo (MG) são
alguns exemplos.
É possível acompanhar o andamento das obras pelo
aplicativo de celular Desenvolve Brasil, disponível em lojas virtuais,
como a Play Store.
Das obras retomadas, 79 já foram concluídas,
segundo levantamento feito ainda em dezembro do ano passado. Em junho de
2016, o governo federal detectou a existência de 1.600 obras paradas
por diversos motivos, sendo algumas abandonadas há anos.
A
estimativa de gastos com todas essas obras é de R$ 3,4 bilhões. Do
total, R$ 1 bilhão se refere apenas a obras de saneamento. Oliveira
informou que há recursos disponíveis para todas as obras. A meta do
presidente Michel Temer é retomar 1.120 delas – 70% do total – até 30 de
junho de 2017.
Dentre os empreendimentos já retomados, 189
tinham sido paralisados por abandono da própria empresa contratada. Esse
abandono pode ocorrer quando uma empresa estima capacidade de realizar
uma determinada quantidade de obras simultaneamente, mas essa capacidade
acaba não se confirmando e ela decide abandonar algumas para poder
concluir outras. Em outros casos, segundo avaliação de integrantes do
ministério do Planejamento, pode ter havido má-fé das empresas na
execução dos contratos.
Edição: Maria Claudia
Fonte: Agência Brasil
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