Por Markus DaSilva, Th.D.
Este mundo está passando, sendo pouco a pouco destruído pelo pecado, e
nós com ele. Por isso, quando falamos do relacionamento do ser humano
com Deus, falamos de restauração. Quando a raça humana foi criada, Deus
decidiu fazê-la diferente dos outros seres: “façamos o homem à nossa
imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1:26). Certamente Deus não se
refere à característica física do homem, já que Deus é espírito (João
4:24), mas sim à sua alma. Diferentemente das outras criaturas, após
tê-lo moldado da matéria comum – o barro – Deus soprou sobre ele e lhe
deu da Sua própria vida. Sendo assim, cada pessoa possui uma vida
diretamente ligada à do criador. Quando o sopro retorna à fonte, o homem
morre e volta a ser o que era, simples pó (Gn 3:19; Ec 12:7).
Como seres semelhantes (mas não idênticos) a Deus, éramos perfeitos em
todo o nosso viver; separados para o criador, santificados. Mas tudo
isso está sendo gradativamente corrompido desde que os nossos pais
desobedeceram a Deus no Éden. A vinda de Jesus a esta terra de dores e
sofrimentos, tem como finalidade restaurar a semelhança que tínhamos com
o Pai quando fomos criados. Cristo nos disse: “Sejam perfeitos, assim
como é perfeito o Pai de vocês” (Mt 5:48). E o próprio Pai, pela boca do
profeta nos alerta: “vocês serão santos para mim, porque eu, o Senhor,
sou santo” (Lv 20:26). Em outro lugar, para que todos entendam, nos foi
dada a razão: “sem santidade ninguém verá o Senhor” (Hb 12:14).
Note que vemos aqui uma instrução de Deus a respeito da perfeição e da
santidade. Em outras palavras, não somos informados, mas sim educados
quanto à nossa parte no processo de restauração: Seja perfeito! Seja
santo! “Eu o instruirei e o ensinarei no caminho que você deve seguir”
(Sl 32:8). Se o homem recusa a participar por qualquer motivo, ele
obviamente está dispensando o plano de restauração, o único plano que o
levaria ao Pai.
O Caminho de Santidade é um caminho difícil, apertado, mas é percorrido
um passo por vez, como qualquer outro. Quando iniciamos a nossa
caminhada, e enquanto continuamos nela, somos chamados de santos (1Co
1:2; Ro 1:7). O percurso pode ser muito curto, como foi o do ladrão na
cruz, ou muito longo, como foi o do apóstolo Paulo (Fm 1:9), mas o
destino é o mesmo (Ef 4:5-7).
Queridos, minha esperança é que este texto lhes cause muito ânimo. Não
sejam como alguns que desistem antes mesmo de darem o primeiro passo no
Caminho de Santidade (Is 35:8). Eles estão sempre perguntando se isto ou
aquilo é pecado, perguntas de cristãos imaturos; mas vocês já
cresceram, e não focam naquilo que ofende e sim no que agrada ao Senhor
(Ef 5:8-10). Sempre prontos a obedecê-lo, seguindo firmes no caminho:
nas montanhas ou nos vales, sol ou tempestade, em ambiente amigo ou
hostil, tendo em mente a glória que lhes espera: o reencontro com o Pai.
Espero te ver no céu. —Markus Da Silva.
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