03/09/2016 15h18
- Brasília
Mariana Branco – Repórter da Agência Brasil
O
presidente Michel Temer disse, em entrevista à imprensa chinesa, que a
primeira coisa que fará à frente da nação será restabelecer a confiança
para atrair investimentos.
Ele deu as declarações hoje (3) em
Hangzhou, onde participa da Cúpula do G20, grupo que reúne as 20 maiores
economias do mundo. O encontro começa amanhã (4) e termina na
segunda-feira (5).
“A primeira coisa que eu farei é restabelecer a
confiança. Em primeiro lugar, a estabilidade política e a segurança
jurídica. Não há nada mais importante para aqueles que queiram investir
no país”, afirmou Temer, que também voltou a defender a necessidade de
pacificação do Brasil.
“Como nós passamos um brevíssimo período
de conflitos políticos, em razão do impedimento da senhora presidente da
República [a ex-presidente Dilma Rousseff, afastada definitivamente
pelo Senado no último dia 31], eu tenho pregado muito a pacificação
entre os brasileiros”, afirmou o presidente a jornalistas.
Temer
citou ainda o desemprego que, segundo ele, só será revertido com a
retomada da confiança. “Temos um grupo muito grande de desempregados e o
emprego você só retoma se incentivar a industrialização, os serviços, o
agronegócio. Tudo isso será incentivado pela retomada da confiança”,
concluiu.
Abertura de mercado
O
presidente Michel Temer falou ainda sobre seu encontro ontem (2) com o
presidente da China, Xi Jinping. Ele disse que pediu ao líder chinês a
agilização da abertura do mercado do país asiático para os produtos
agrícolas brasileiros.
“Aproveitei para solicitar a ele. Eu acho
que a China já tem feito isso com muita propriedade e adequação, mas há
pleitos brasileiros, especialmente no tocante a frigoríficos e
fornecedores de carne, que estão sendo examinados pelo governo chinês”,
destacou.
Segundo Temer, ele e Xi Jinping falaram também sobre a
compra de aeronaves da Embraer pela China. “Ontem mesmo, em Xangai,
assinamos vários acordos. Mas há outros desejos da China no tocante à
relação com o Brasil via compra de aeronaves”, afirmou. O presidente
referia-se à assinatura de contratos de venda de cinco aeronaves. A
finalização do negócio ocorreu durante o Seminário Empresarial de Alto
Nível Brasil-China.
Edição: Kleber Sampaio
Fonte: Agência Brasil
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