15/04/2017
Rio de Janeiro
Paulo Virgilio - Repórter da Agência Brasil
Sete ônibus foram incendiados na noite de sexta-feira (14) na
Estrada de Madureira, próximo à comunidade Dom Bosco, em Nova Iguaçu, na
Baixada Fluminense. Os incêndios ocorreram após um confronto entre
bandidos armados e policiais militares do Batalhão de Polícia de Choque,
que faziam uma operação na mesma área.
De acordo com informações
do 20º Batalhão da Polícia Militar (Mesquita), três menores de idade
feridos por estilhaços de armas de fogo deram entrada em unidades
hospitalares da região. Já o Hospital Geral de Nova Iguaçu, o principal
do município, informou hoje (15) que foram atendidos na emergência da
unidade Carlos Gabriel Silva de Souza, de 18 anos, e uma menor, de um 1
ano e oito meses, vítimas de perfuração por arma de fogo.
Carlos
Gabriel foi ferido no cotovelo esquerdo, submetido a uma cirurgia
durante a madrugada, permanece internado e seu estado de saúde é
estável. A criança, uma menina, foi ferida no braço esquerdo, também
passou por procedimento cirúrgico com a equipe de ortopedia e continua
internada na pediatria da unidade.
Em nota divulgada neste
sábado, a Polícia Militar informou que o Comando de Operações Especiais
(COE) tem atuado no policiamento da Baixada Fluminense desde a semana
passada, quando, no dia 10, dois policiais militares em serviço foram
feridos por criminosos na mesma região onde ocorreu o confronto da noite
passada. Ainda segundo a PM, o patrulhamento do Batalhão de Mesquita e
do COE está atuando neste sábado para impedir atos de vandalismo.
Ônibus
Também
em nota à imprensa, a Federação das Empresas de Transporte de
Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) repudiou os ataques
a ônibus desta sexta-feira não só em Nova Iguaçu como também em Duque
de Caxias, na Baixada Fluminense, em Macaé, no norte do estado, e em
Araruama, na Região dos Lagos, em um total de 10 ocorrências. Segundo a
entidade, somente este ano 29 veículos foram destruídos por meio de
ações criminosas.
“A reposição de cada ônibus incendiado pode
demorar até seis meses, entre encomenda, montagem, entrega e
licenciamento do veículo. Durante esse período, na capital, 70 mil
passageiros (ônibus urbano) ou 210 mil passageiros (ônibus articulados)
deixam de ser transportados em cada veículo”, diz a nota da Fetranspor.
De acordo com o cálculo da entidade, em 2016, o custo de reposição da frota de 43 ônibus incendiados superou R$ 19 milhões.
*Colaborou Tâmara Freire, do Radiojornalismo da EBC
Edição: Amanda Cieglinski
Fonte: Agência Brasil
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