26/06/2016
Crime aconteceu na noite deste sábado (25) em São Paulo do Potengi.
David Max da Silva Ramos estava em um bar quando foi surpreendido.
David Max da Silva Ramos trabalhava na Escola
Penitenciária (Foto: Arquivo Pessoal)
Penitenciária (Foto: Arquivo Pessoal)
Um agente penitenciário foi executado a tiros na noite deste sábado (25) na cidade de São Paulo do Potengi,
distante pouco mais de 70 quilômetros de Natal. David Max da Silva
Ramos, de 27 anos, estava em um bar com amigos quando foi surpreendido
pelos assassinos. Pelo menos quatro pessoas, de dentro de um carro, se
aproximaram e abriram fogo. Segundo a Polícia Militar, no local do crime
foram encontradas munições de pistola calibre 9 milímetros (de uso
restrito do Exército brasileiro), de pistola 380 e de espingarda calibre
12.
Em contato com o G1, o policiamento da cidade informou
que o agente tinha audiência marcada com a Justiça na próxima semana
para resolver o problema de uma briga com um ex-presidiário. Contudo,
ainda não se sabe o real motivo para o crime.
Amigos de David disseram que ele trabalhava em Natal,
na Escola Penitenciária. Ele deixa mulher e três filhos. O caso será
investigado pela Delegacia de Polícia Civil de São Paulo do Potengi.
Triste coincidênciaO dia 25 de junho não traz boas recordações para o sistema prisional potiguar. Foi nesta data, em 2013, que foi assassinado o também agente penitenciário Ronilson Alves da Silva, de 35 anos. O crime aconteceu em Mossoró, na região Oeste do estado. Três homens foram indiciados pelo homicídio.
Agente penitenciário Ronilson Alves da Silva
(Foto: Marcelino Neto)
(Foto: Marcelino Neto)
Ronilson foi encontrado com marcas de tiros dentro do carro dele, um Corsa, em uma rua localizada no bairro Santo Antônio.
Segundo as investigações da Polícia Civil, os criminosos teriam tomado
um veículo de assalto com o intuito de usá-lo para ir matar uma pessoa,
mas como não obtiveram êxito resolveram tomar de assalto o carro de
Ronilson, que também foi levado pelos bandidos. Eles acabaram
reconhecendo o agente e, por medo de represália, decidiram matá-lo.
Também em 2013, no dia 8 de agosto, foi morto o agente penitenciário
Maxuel André Marcelino, de 44 anos. Ele, que trabalhava no Presídio
Estadual de Parnamirim
(PEP), foi baleado durante o transporte de um preso para uma consulta
médica. O objetivo dos criminosos era resgatar o detento Wilson
Rodrigues de Medeiros Filho.
Carro
em que o agente Maxuel André Marcelino estava ficou crivado de balas
(Foto: Larisse Souza/G1) (Foto: Larisse Souza/G1 e Marcelo Pep)
Durante o trajeto, três homens e uma mulher abordaram os agentes no
meio da principal avenida do Centro de Parnamirim. Atingido pelos
disparos, Maxuel ainda foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu durante o
socorro.
Seis pessoas foram indiciadas por homicídio e formação de quadrilha,
inclusive o preso Wilson Rodrigues que seria resgatado, e uma
adolescente responderá pelo ato infracional análogo ao crime de
homicídio.
Sindicato lamentaO Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio Grande do Norte (Sindasp-RN) lamentou a morte do colega. Na manhã deste domingo (26), em nota, escreveu:
"A categoria está de luto e foi pega de surpresa com essa ocorrência,
ainda mais pela forma covarde como aconteceu. A dor se torna ainda maior
pela data em que aconteceu, pois há exatos três anos tivemos a morte do
também agente Ronilson Alves, um profissional que faz muita falta para o
Estado e amigos e uma perca irreparável para os familiares. Diante
disso queremos pedir aos nossos gestores mais empenho e responsabilidade
com essa categoria, bem como uma visão mais humana dos que defendem os
direitos humanos para com os agentes penitenciários".
Vilma Batista, presidente do Sindasp, ressaltou que profissão de agente
penitenciário é uma das mais perigosas do mundo e, por isso, pede que o
caso do agente David Max receba uma atenção especial. "Esperamos que o
caso seja investigado com rigor e os autores desse crime sejam presos.
Estaremos acompanhando de perto e atento às investigações, dentro e fora
das unidades", frisou.
Fonte: G1 RN
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