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'Cela vip' de rival de Rafaat é destruída em presídio paraguaio
Acabou o luxo
Luxo foi descoberto há duas semanas pelo governo
O
pavilhão de luxo construído pelo narcotraficante Jarvis Chimenses
Pavão, rival de Jorge Rafaat, dentro da Penitenciária de Segurança
Máxima de Tacumbu, em Assunção, no Paraguai, foi demolido na tarde de
ontem. Segundo o governo paraguaio que autorizou a demolição das 22
celas, o trabalho foi realizado com ferramentas manuais, para que não
prejudicasse a estrutura do presídio.
Após derrubar as celas, a direção do presídio fez buscas em outros
pavilhões, mas não informou se foram encontradas outras salas
irregulares. De acordo com o site ABC Color, o diretor do
estabelecimento penal, Luis Villagra, observou o trabalho de
destruição e quando foi questionado pela reportagem sobre o número de
celas e de detentos que usavam as instalações, preferiu não responder às
perguntas.
Já os promotores de Justiça Pâmela Perez e Igor Cáceres, informaram
que aproximadamente 20 integrantes da mesma quadrilha de Pavão usavam
todo o luxo em que o narcotraficante obtinha.
O Ministério Publico relatou que esta semana irá ouvir funcionários e
outros detentos do presídio, para apurar se realmente houve omissão das
autoridades. Governo paraguaio chamou aproximadamente 20 operários do
departamento de engenharia das Forças Armadas do Paraguai para analisar
outros pavilhões que foram reformados pelo Pavão, caso forem
confirmados, todos serão demolidos.
Narcotraficante é acusado de ser mandante da morte de seu
compatriota, rival do tráfico na fronteira, Jorge Rafaat Toumani, morto à
tiros de fuzil e metralhadora, numa emboscada no dia 15 de junho, na
cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, que faz divisa com a cidade
brasileira, Ponta Porã.
DESCOBERTA
A cela “vip” foi descoberta há duas semanas, depois que Jarvis Pavão
foi transferido para o quartel especial da Polícia Nacional, também em
Assunção. A ordem partiu do Presidente do Paraguai, Horácio Cartes, após
um suposto plano de fuga da quadrilha de Jarvis da Penitenciaria de
Tacumbu.
Dentro da cela, Pavão comandava seus negócios, e tinha como luxos, ar
condicionado, cortinas, bolas de futebol e violão autografados, TV LCD,
CDs, DVDs e livros de Pablo Escobar, fora outros luxos e acessos que
Pavão tinha direito; como por exemplo, ter a sua própria cozinha para
visitas oficiais; e também realizava compras, onde abastecia a toda a
comida do estabelecimento.
A descoberta pegou de surpresa o governo paraguaio, e criou uma crise
politica no país, e para a se organizar, o Presidente teve que demitir a
Ministra da Justiça, Carla Bacigalupo, que teria tentado dificultar o
cumprimento da ordem presidencial.
Fonte: Correio do Estado /MS
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