29/08/2016
Bombeiros dizem que casal e duas crianças morreram.
Peritos da Divisão de Homicídios estão no local.
Quatro pessoas de uma família foram encontradas mortas por volta das 7h
desta segunda-feira, (29), no Edifício Lagoa Azul, que fica no
Condomínio Pedra de Itaúna, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Os
corpos de duas crianças e do marido estavam na área da piscina do
prédio e teriam caíram do 18º andar, uma altura de aproximadamente 50
metros. O corpo da mulher foi encontrado na cama, dentro do apartamento.
Segundo vizinhos e o porteiro do prédio, o marido era Nabor Coutinho
Oliveira Junior, 43 anos, a mulher Lais Khouri, 48 anos, e as crianças
Arthur, 7 anos, e Henrique, 10 anos.Em uma carta encontrada no apartamento, há relatos de desespero. Em um dos trechos está escrito: "Sinto um desgosto profundo por ter falhado com tanta força, por deixar todos na mão mas, melhor acabar com tudo logo e evitar o sofrimento de todos”. A carta foi encaminhada à perícia para confirmar se foi escrita por Nabor.
De acordo com o delegado titular da Delegacia de Homicídios, Fabio
Cardoso, a polícia não descarta nenhuma linha de investigação, mas uma
delas é que o caso pode ter sido um homicídio seguido de suicídio.
"O que se sabe é que a mulher da vítima estava com cortes no pescoço,
morta na cama. Os dois filhos e o homem estavam caídos no vão da
piscina. As informações iniciais obtidas no local do crime apontam uma
suspeita inicial de que ele teria matado a mulher com golpes de faca,
jogado as duas crianças e depois se jogado. Mas não descartamos outras
linhas", explicou o delegado.
O
corpo de Nabor Oliveira e dos dois filhos foi encontrado na área da
piscina do prédio. Eles teriam caído do apartamento do 18º andar. (Foto:
Reprodução / Facebook)
Carta foi encontrada no apartamento da família (Foto: Reprodução)
Para o delegado, a carta deixada no apartamento aparentemente foi
deixada por Nabor e mostra que ele tinha problemas profissionais.
"A carta sinaliza que ele tinha problemas profissionais. Temos que
analisar a carta com mais profundidade. Mas também temos que conversar
com familiares para saber o que aconteceu. Ele trabalhava em uma empresa
e mudou de emprego recentemente. Só podemos falar que ele trabalhava em
uma grande empresa", explicou Fábio Cardoso.
Testemunhas e parentes da família serão ouvidos pela polícia ainda
nesta segunda-feira. Entre eles, o irmão de Nabor. Segundo a polícia, a
família é de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
Bombeiros
removem corpos da área da piscina do Edifício Lagoa Azul, na Barra da
Tijuca, Zona Oeste do Rio. (Foto: Severino Silva/Agência O Dia/Estadão
Conteúdo)
Corpos caíram do 18º andar do Edifício Lagoa Azul, que fica no Condomínio Pedra de Itaúna, na Barra da Tijuca (Foto: G1)
"Era uma família normal. Eram Crianças educadas que falavam conosco.
Não escutei nenhum barulho. Quando cheguei já tinha acontecido. Eu estou
chocado. As crianças gostavam de mim. Um deles eu conheci na barriga.
Era uma família tranquila", contou Wilton Santos, porteiro do prédio há
14 anos. A doméstica Lucina Salviano da Silva ouviu estampidos e o som da queda dos corpos.
"Eu acordei 6h20 para chamar o menino para a escola. Eu ouvi os
barulhos, como se fosse de tiro, e chamei a minha patroa, disse que
estava acontecendo alguma coisa. Olhei pela janela e vi o primeiro
corpo. Eu a chamei e, quando olhei para baixo, vi os outros dois
corpos", contou Lucinda.
De acordo com Marcia Kandelman, patroa de Lucinda, a família era calma.
"Conhecia de passar no prédio. Um casal super educado. Eles estudavam
na mesma escola onde meus filhos estudavam", conta Marcia.
A mulher, Lais Khouri, foi encontrada morta dentro
do apartamento (Foto: Reprodução / Facebook)
do apartamento (Foto: Reprodução / Facebook)
De acordo com uma vizinha que mora na cobertura do prédio, ela estava
em casa com o marido quando escutaram barulhos que pareciam de tiros e
gritaria, por volta das 6h30. Ela relatou que a impressão é que as
crianças foram jogadas vivas pela janela e a rede de proteção do
apartamento estava rasgada. O prédio tem 23 andares.
Segundo um outro vizinho do condomínio, a família era bem estruturada e
os meninos, Henrique e Arthur, estudavam na mesma escola que seus
filhos, a Escola Parque, mas que não eram da mesma turma.
O corpo de Nabor Oliveira foi encontrado na área da
piscina no prédio (Foto: Reprodução / Facebook)
"Foi uma tragédia. A gente ficou sabendo que ele teria perdido emprego
recentemente e estaria desesperado. Mas por enquanto, tudo é
especulação. É só tristeza", disse o morador do condomínio.piscina no prédio (Foto: Reprodução / Facebook)
Os Bombeiros foram acionados às 6h40, mas, ao chegarem no local, as
vítimas já estavam mortas. Policiais Militares do 31º BPM também foram
acionados para o local.
De acordo com informações da Delegacia de Homicídios da Capital, as
investigações estão em andamento para apurar as circunstâncias do crime.
Uma perícia também foi realizada no local e a polícia está investigando
o caso para apurar detalhadamente o fato.
Fonte: G1 Rio
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