17/11/2016 09h29
- Roma
Da Agência Ansa
Ao
lado do patriarca da Igreja Assíria do Oriente, Gewargis III, o papa
Francisco implorou pelo fim dos conflitos que atingem o Iraque e a Síria
há mais de cinco anos.
"Imploro pelo fim da violência horrível
dos sangrentos conflitos, que nenhuma motivação pode justificar ou
permitir [...] contra milhares de crianças inocentes, mulheres e
homens", disse o pontífice lembrando dos "nossos irmãos e irmãs
cristãos, além de diversas minorias religiosas e étnicas, que
infelizmente se habituaram a sofrer cotidianamente grandes provações".
Esse
é mais um dos apelos do líder católico para o fim da violência no
Oriente Médio. Em setembro, ao condenar a série de ataques, o papa
destacou que os responsáveis pelos bombardeios deverão prestar contas de
seus atos diante de Deus.
Por sua vez, o líder máximo da Igreja
Assíria sugeriu "a convocação de um encontro internacional de todos os
patriarcas e primazes das igrejas apostólicas a fim de estudar e
entender como e porque similares e inúmeras tragédias estão ocorrendo na
região do Oriente Médio".
"Como todos bem sabemos, a condição
das nossas antigas comunidades cristãs no Iraque provocou o deslocamento
forçado de milhares de pessoas: mulheres, crianças e idosos que
deixaram as suas casas e continuam a mudar-se incessantemente, de cidade
em cidade, de vilarejo em vilarejo, em busca de uma vida segura",
acrescentou Gewargis III.
A Igreja Assíria do Oriente tem várias
denominações e se aproxima da Igreja Católica desde o pontificado de
João Paulo II. Com cerca de 400 mil seguidores, foi criada com base na
antiga Babilônia e nos preceitos de São Tomé.
Síria é “laboratório de crueldades”
Após
o encontro com o líder dos assírios, o papa Francisco se reuniu com
membros da Organização Não Governamental católica Caritas e disse que o
que ocorre na Síria, tanto pelo lado dos extremistas como dos países que
bombardeiam a nação, é um "laboratório de crueldades".
"Pensemos
na Síria. Entraram tantos ali. As potências internacionais, gente da
Síria, mas cada um pensa só em seu interesse, nenhum busca a liberdade
de um povo. Não há amor, não há ternura. Há crueldade, pois onde não há
ternura há sempre crueldade e o que ocorre hoje na Síria é crueldade, um
laboratório de crueldades", disse o papa aos líderes da entidade
assistencialista.
Edição: Kleber Sampaio
Alexandrepfilho Via Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário