11/12/2016 11h01
Brasília
Da Rádio França Internacional
A Turquia decretou hoje (11) dia de luto nacional, após o duplo
atentado no centro de Istambul. O último balanço de vítimas, publicado
nesta manhã pelo Ministério do Interior turco, elevou para 38 o número
de mortos. Mais de 160 pessoas ficaram feridas na dupla explosão na
noite de sábado (10), nas proximidades do estádio do clube de futebol
turco Besiktas. Autoridades suspeitam que o Partido dos Trabalhadores do
Curdistão PKK tenham organizado o ataque. As informações são da Rádio
França Internacional.
As explosões visaram as forças
policiais, que são maioria entre as vítimas. De acordo com balanço
publicado esta manhã, entre os 38 mortos, 30 eram policiais e sete
civis. A identidade da última vítima ainda não foi confirmada.
O
primeiro carro-bomba atingiu um ônibus da polícia nos arredores do
estádio da equipe de futebol do Besiktas, depois do fim da partida
contra o Bursaspor. A segunda explosão, provocada por um homem-bomba,
aconteceu menos de um minuto depois em um parque dessa região turística
de Istambul, localizada entre a emblemática Praça Taksim e o antigo
palácio imperial de Dolmabahçe.
"As explosões tinham como
objetivo causar o maior número possível de vítimas", afirmou o
presidente Recep Erdogan, em um comunicado. O presidente turco cancelou
neste domingo uma viagem que faria ao Cazaquistão.
Atentado ainda não foi reivindicado
O
duplo atentado ainda não foi reivindicado. A Turquia foi alvo de vários
ataques nos últimos anos, revindicados pelo grupo Estado Islâmico ou
pelos rebeldes separatistas curdos do PKK. As autoridades turcas afirmam
que os primeiros elementos da investigação indicam o PKK como
responsável pela dupla explosão deste sábado. Os ataques contra forças
policiais são uma marca dos separatistas curdos.
"Que ninguém
duvide que conseguiremos vencer essas organizações terroristas e os que
estão por trás delas", garantiu Recep Erdogan.
No Twitter, a
embaixada dos Estados Unidos em Ancara condenou um "ataque covarde" e
garantiu que estava "ao lado do povo turco contra o terrorismo". Já o
presidente do Parlamento europeu, Martin Schulz, expressou sua
"solidariedade com os cidadãos turcos, com as famílias das vítimas do
ataque de Istambul."
A Turquia, que integra a coalizão
internacional que combate o grupo Estado Islâmico, iniciou em agosto uma
ofensiva no norte da Síria, que faz fronteira com o país, para
pressionar os jihadistas em direção ao sul. As forças curdas também
estão envolvidas no conflito sírio.
Edição: Carolina Pimentel
Alexandrepfilho Via Agência Brasil
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