13/12/2016
- Brasília
Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
O presidente Michel Temer comemorou e agradeceu ao Senado a aprovação, em segundo turno, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um limite para os gastos públicos
pelos próximos 20 anos. Classificando a proposta do teto dos gastos
como a “primeira emenda que visa tirar o país da recessão”, Temer
declarou ter “coragem para governar” e promover as mudanças que o país
precisa.
“Se não tiver coragem, por que vou reduzir os gastos em
dois anos e pouco [período para o fim do mandato]? Para que mexer na
Previdência? Poderia deixar para depois, para que outro cuide do país
todo atrapalhado e desarticulado. Mas esta não é a missão de quem deve
tudo ao Brasil e de quem ama o Brasil”, afirmou o presidente, ao
discursar durante evento que anunciou o Programa de Renovação de Frota
do Transporte Público Coletivo Urbano.
Nesta terça-feira (13), a
PEC 55/2016 foi aprovada pelos senadores por 53 votos a 16, número menor
do que a votação em primeiro turno (61 a 14). Temer justificou a
diferença nas votações afirmando que muitos parlamentares com quem
conversou ainda estavam chegando a Brasília.
“A votação agora foi
menor que a primeira, mas se deve ao fato de o presidente [do Senado]
Renan Calheiros ter antecipado a votação inicialmente programada para
tarde. Peço desculpas e licença para esse comentário trivial, e revelar
que isto ocorreu por causa da ausência de senadores e não a voto
contrário”, explicou.
Ao agradecer ao Congresso Nacional pelo que
chamou de “competência” e “preocupação absoluta com o Brasil”, o
presidente citou ainda que a parceria do Executivo com os parlamentares
está permitindo as vitórias recentes do governo no Congresso.
“Há conflitos, há problemas no país, mas não podemos mantê-los indefinidamente”, defendeu ainda, mencionando o pedido que fez ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para acelerar as investigações envolvendo o nome de políticos.
Edição: Lílian Beraldo
Fonte: Agência Brasil
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