30/01/2017 18h35
Brasília
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil*
Em
um dia de calma no mercado financeiro, a moeda norte-americana teve
forte queda e voltou a alcançar o menor valor em três meses. O dólar
comercial encerrou esta segunda-feira (30) vendido a R$ 3,128, com queda
de R$ 0,024 (-0,77%). A cotação está no menor nível desde 25 de outubro
(R$ 3,107).
O dólar abriu em estabilidade, mas passou a operar
em baixa ainda na primeira hora de negociação. A divisa acumula queda de
3,8% em janeiro.
O desempenho mais fraco que o esperado do
Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) dos
Estados Unidos, divulgado na sexta-feira (27), continuou a reduzir o
valor do dólar em todo o mundo nesta segunda. Em 2016, a maior economia
do planeta cresceu 1,6%, o pior resultado desde 2011.
A
desaceleração da produção norte-americana reforça expectativas de que o
Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, aumente os juros
básicos dos Estados Unidos mais lentamente que o esperado. Nesta semana,
o Fed faz a primeira reunião de 2017 e deve manter as taxas básicas
inalteradas.
Taxas baixas nos países desenvolvidos estimulam a
migração de capitais para países emergentes, como o Brasil, onde os
juros são mais altos. A entrada de recursos financeiros empurra para
baixo a cotação do dólar.
No mercado interno, a atuação do Banco
Central também ajudou o dólar a cair. A autoridade monetária leiloou US$
700 milhões em contratos de swap cambial tradicional, que
equivalem à venda de dólares no mercado futuro. Esse tipo de operação
tem como objetivo impedir que a cotação dispare em momentos de alta, mas
intensifica a queda da moeda em momentos de baixa.
No mercado de
ações, o dia foi de realização de lucros. Após uma forte sequência de
ganhos na semana passada, o índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São
Paulo, encerrou esta segunda com forte queda de 2,66%, aos 64.278
pontos. As ações da Petrobras, as mais negociadas, caíram 5,04% (papéis
ordinários, com direito a voto em assembleia de acionistas) e 4,93%
(papéis preferenciais, com prioridade na distribuição de dividendos).
*Com informações da Ansa e da Prensa Latina
Edição: Juliana Andrade
Via Agência Brasil
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