27/01/2017 15h21
Brasília
Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil
Balanço da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) do
Rio Grande do Norte divulgado no início da tarde de hoje (27) aponta
que, durante revista na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, os agentes
penitenciários da força-tarefa federal e os policiais do Grupo de
Operações Especiais (GOE) encontraram um revólver, 30 celulares e uma
grande quantidade de armas brancas. Ainda segundo o órgão, a
operação de retomada e controle dos pavilhões 4 e 5 do presídio
transcorreu com tranquilidade e não encontrou resistência por parte dos
presos, que ocupavam o espaço há 13 dias, depois de uma rebelião que
resultou em 26 mortes. O motim foi causado pelo confronto entre duas
facções criminosas rivais.
Após o início da operação, 120
presos que portavam material ilícito foram encaminhados para autuação
na delegacia móvel, instalada pela Polícia Civil no local. Por volta das
13h, a secretaria informou que os agentes penitenciários conseguiram
tomar o controle da Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga
(conhecida como Pavilhão 5) e também do Pavilhão 4, da Penitenciária de
Alcaçuz.
De acordo com a Sejuc, o setor de inteligência do órgão está identificando possíveis lideranças entre os detentos.
A
operação, batizada de Phoenix, visou retomar o controle nos pavilhões 4
e 5, comandado por presos pertencentes ao Primeiro Comando da Capital
(PCC). A ação também mobilizou os detentos dos pavilhões 1, 2 e 3, onde
estão integrantes do Sindicato do RN, para auxiliar na reconstrução da
unidade prisional, recolhendo escombros.
A ação foi desencadeada
logo no início da manhã desta sexta-feira e marcou o início dos
trabalhos da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária no estado.
A
secretaria disse que o próximo passo é restaurar a estrutura
danificada. Atualmente os presos que circulavam no pátio estão fechados
em celas da Penitenciária Rogério Coutinho Madruga ou no Pavilhão 4, da
Penitenciária Estadual de Alcaçuz.
A força-tarefa foi criada pelo
Ministério da Justiça em meio à série de rebeliões e mortes ocorridas
em prisões brasileiras. Na quinta-feira (25), um grupo de 78 agentes
penitenciários chegou ao Rio Grande do Norte para auxiliar nos trabalhos
de retomada e controle da penitenciária. Os agentes vêm do Rio de
Janeiro, do Ceará, de São Paulo e do Distrito Federal e devem permanecer
no estado por 30 dias.
Edição: Lílian Beraldo
Fonte: Agência Brasil
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