20/01/2017 20h06
Natal
Sumaia Villela - Enviada especial da Agência Brasil
Militares das Forças Armadas começam hoje (20) a reforçar o
policiamento na região metropolitana de Natal, que vive um clima de
insegurança por causa do confronto entre facções criminosas que já dura
uma semana na Penitenciária de Alcaçuz. Dos 1.846 militares enviados ao
Rio Grande do Norte para o reforço, 650 já vão para as ruas nesta
sexta-feira e os demais começam a atuar até domingo (22).
De
acordo com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, por enquanto, os
militares não vão trabalhar na segurança dos presídios, como ficou
acertado entre governadores e o presidente Michel Temer após a
deflagração da crise prisional pelo país. Essa etapa só será colocada em
prática depois que o estado retomar o controle da Penitenciária de
Alcaçuz. “Os órgãos de inteligência precisam nos dar a garantia que não
existe risco de acirrar os ânimos e isso resultar em confrontos. Reitero
que as Forças Armadas não vão reprimir facções, remanejar presos. Vão
fazer a vistoria, a limpeza das unidades prisionais.”
Saiba Mais
A
vigilância da região de Alcaçuz será feita pela Polícia Militar, que,
com a chegada das Forças Armadas, poderá se concentrar na segurança e
controle do sistema carcerário. Além disso, segundo o ministro, o Rio
Grande do Norte precisa se comprometer a impedir a entrada de armas,
celulares e drogas nos presídios.
Perguntado sobre o momento da
chegada do reforço no Rio Grande Norte, depois de uma semana de
conflitos sangrentos em Alcaçuz, Jungmann disse que o pedido de ajuda
federal só foi feito pelo governador Robinson Faria recentemente.
Ônibus podem voltar a circular neste sábado
Os militares também irão atuar na segurança dos ônibus em Natal. O serviço de transporte coletivo está suspenso
pelo segundo dia seguido por causa de ataques a veículos depois da
transferência de 220 presos da facção Sindicato do Crime do RN de
Alcaçuz para outra unidade prisional.
O governo estadual tentou
negociar com Sindicato das Empresas de Transporte Urbano o retorno do
serviço de ônibus ainda hoje, mas entidade decidiu que a retomada só
será feita se houver garantias mínimas de segurança, como escolta de
veículos.
Edição: Luana Lourenço
Fonte: Agência Brasil
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