28/01/2017 14h24
Estados Unidos
José Romildo - Correspondente da Agência Brasil
Cinco passageiros iraquianos e um iemenita foram impedidos de
embarcar em um voo da empresa aérea EgyptAir, que vinha do Cairo para
Nova York neste sábado (28). Esse é o primeiro caso de imigrantes
barrados em aeroportos, depois que o presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump, determinou a suspensão da entrada
de cidadãos de sete países de maioria muçulmana em território
norte-americano. Os passageiros barrados tinham visto para entrar nos
EUA.
O presidente Donald Trump, além de suspender por meio de
ordens executivas, nesta sexta-feira (27), a imigração de pessoas vindas
de sete países com população predominantemente muçulmana, também
determinou também o fechamento das fronteiras
do país para a entrada de refugiados por 120 dias. O fechamento não
estabelece prazo para o ingresso de refugiados que fogem dos conflitos
na Síria. Nesse caso, a entrada em território norte-americano foi
suspensa indefinidamente.
Refugiados
Além
de imigrantes, que foram impedidos de viajar para nos Estados Unidos,
também houve casos de refugiados barrados por funcionários da imigração
em aeroportos norte-americanos. Eles tinham embarcado de seus países de
origem para os de Estados Unidos antes da assinatura, pelo presidente
Donald Trump, na sexta-feira, da ordem executiva que impede a entrada de
refugiados.
Ainda não há informações sobre quantos refugiados
foram barrados em aeroportos dos Estados Unidos. Advogados de alguns
deles entraram neste sábado com pedido de habeas corpus para
iraquianos barrados e detidos no Aeroporto John Kennedy, em Nova York. A
ordem executiva que impede a entrada a entrada de passageiros vindos de
países majoritariamente muçulmanos inclui, entre outros, cidadãos do
Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen.
ONU
A
agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e a Organização
Internacional para as Migrações (OIM) divulgaram nota solicitando ao
presidente Trump que continue a oferecer asilo a pessoas que fogem da
guerra e da perseguição, afirmando que o programa de reassentamento dos
EUA é vital.
"As necessidades dos refugiados e migrantes em todo o
mundo nunca foram maiores e o programa de reassentamento dos EUA é um
dos mais importantes do mundo", disseram as agências de Genebra, em
comunicado conjunto.
As organizações disseram ainda que a
aceitação dos refugiados pelos Estados Unidos oferecia um duplo
benefício: "primeiro, resgatando algumas das pessoas mais vulneráveis do
mundo e, segundo, capacitando-as para enriquecer suas novas
sociedades".
*texto alterado às 15h55 para atualização de informações
Edição: Amanda Cieglinski
Alexandrepfilho Via Agência Brasil
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