16/01/2017 12h44
Brasília
Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil
O
clima de tensão voltou a dominar a Penitenciária Estadual de Alcaçuz,
em Natal, na manhã de hoje (16). Um dia após o assassinato de pelo menos
26 detentos que cumprem pena na unidade e poucas horas depois de
policiais militares deixarem o local, um grupo de detentos voltou a
ocupar os telhados dos pavilhões.
Saiba Mais
A
Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social diz que não se trata
de mais uma rebelião, mas admite que devido ao “clima tenso” policiais
do Batalhão de Operações Especiais e do Grupo de Operações Especias da
Polícia Militar foram acionados para voltar ao local. Agentes da Força
Nacional de Segurança estão do lado de fora da unidade, de prontidão
para, se necessário, auxiliar as forças locais.
Imagens
divulgadas pela imprensa exibem homens sobre os telhados de pavilhões
empunhando paus, pedras e barras de ferro. Vestindo calções azuis,
alguns homens enrolaram camisetas brancas na cabeça para esconder o
rosto. Alguns portam bandeiras improvisadas com lençóis enquanto gritam
palavras de ordem como “a vitória é nossa”, em aparente provocação a
integrantes de facções rivais.
Alcaçuz foi palco de uma rebelião
que durou cerca de 14 horas, entre sábado (14) e domingo (15). Pelo
menos 26 presos foram assassinados por outros detentos. Já na madrugada
de hoje (16), as forças de segurança foram acionadas para conter uma rebelião
na Cadeia Pública Professor Raimundo Nonato, localizado no bairro
Potengi, também na capital potiguar. As duas unidades estão distantes
cerca de 40 quilômetros uma da outra.
De acordo com a Secretaria
Estadual de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), na cadeia
pública não houve fugas ou feridos e o controle da situação foi retomado
em poucas horas.
As autoridades estaduais ainda investigam as
causas das ações, mas não descartam a hipótese de os tumultos desta
segunda-feira serem uma reação às inspeções nos principais
estabelecimentos carcerários do estado. Segundo a Secretaria da Justiça e
da Cidadania, as dependências de Alcaçuz devem voltar a ser revistadas
em busca de armas, celulares, drogas e outros objetos ou substâncias
proibidas.
Edição: Denise Griesinger
Fonte: Agência Brasil
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