17/01/2017 19h06
- Atualizado em
17/01/2017
Medidas foram anunciadas nesta terça-feira (17).
Rebelião em Alcaçuz deixou 26 mortos; presos continuam amotinados.
Governo
do RN define medidas emergenciais para resolver crise na Penitenciária
de Alcaçuz (Foto: Divulgação/Gabinete Civil do RN)
O governo do Rio Grande do Norte anunciou a tomada de medidas
emergenciais para pôr fim à crise no sistema prisional. No final de
semana, 26 pessoas morreram durante
uma rebelião na Penitenciária de Alcaçuz. Os presos continuam
amotinados no local. As medidas foram definidos em reunião realizada na
manhã desta terça-feira (17), no Gabinete Civil.
Entre as ações anunciadas estão a contratação de 700 agentes
penitenciários temporários; a construção de obstáculo separando os
pavilhões 4 e 5 dos demais; a aplicação de brita e asfalto no perímetro
externo da penitenciária; e o encaminhamento do anteprojeto de lei para
convocação de reservistas da Polícia Militar para o serviço ativo.
Foram designados para executar as medidas emergenciais as secretarias
de Segurança, Justiça, Administração, Infraestrutura, Procuradoria Geral
do Estado, Consultoria Geral do Estado, Departamento de Estradas e
Rodagem, Polícia Militar e Gabinete Civil.
Equipe do Ministério Público
O Ministério Público designou quatro bacharéis para atuar na crise do
sistema prisional do estado, especialmente em relação à rebelião em Alcaçuz.
A equipe deve investigar crimes, faltas disciplinares dos presos e
casos de improbidade administrativa de agentes públicos, além de
promover políticas públicas.
Os promotores designados são Danielli Christine de Oliveira, Antônio
Carlos Lorenzetti, Vítor Emanuel de Medeiros e Hellen de Macêdo. O MP
determinou que a equipe terá “todo o apoio necessário” do Grupo de
Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), dos Centros de
Apoio Operacional das Promotorias (Caop) Criminal e Patrimônio e do
Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Presos
iniciaram novo motim na Penitenciária de Alcaçuz, no RN, nesta terça
(17) (Foto: Frankie Marcone/Futura Press/Estadão Conteúdo)
RebeliãoNo último fim de semana os presos de Alcaçuz se rebelaram. 26 pessoas foram mortas. Destas, 15 foram decapitadas. A rebelião foi controlada na manhã de domingo (15).
Na manhã desta terça, presos voltaram a se rebelar. Com barricadas, os presos do Sindicato se posicionaram diante do pavilhão onde estão os detentos do PCC.
Havia um muro que isolava das demais áreas o pavilhão 5, derrubado
durante a rebelião no final de semana. Desde então, policiais em
guaritas tentam evitar o confronto entre as duas facções, por meio de
munições não-letais, afirmou Virgolino. Entre elas estão balas de
borracha.
O governo do Rio Grande do Norte
pediu ajuda ao governo federal para retomar o controle do presídio.
Virgolino disse nesta terça esperar fazer até sexta a recontagem dos
presos no local, o que exige isolar os detentos nos seus respectivos
pavilhões.
Pela manhã, o governo federal anunciou ter colocado à disposição as Forças Armadas para fazer inspeções dentro dos presídios.
Em Alcaçuz não há grades nas celas desde
uma rebelião em 2015; os presos circulam livremente pela prisão -
agentes penitenciários se limitam a ficar próximos à portaria.
Fonte: G1 RN
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