24/02/2017
Rio de Janeiro
Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil
A taxa de desocupados continua em alta e fechou o trimestre
encerrado em janeiro em 12,6%, um crescimento de 0,8 ponto percentual em
relação ao período de agosto a outubro do ano passado, quando estava em
11,8%. Com a alta do último trimestre, o país passou a contabilizar
12,9 milhões de desempregados.
Os dados, divulgados hoje (24)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fazem parte
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Esta é a
maior taxa de desemprego da série histórica iniciada em 2012 e também o
maior número de desempregados da história.
Segundo o IBGE, com a
alta do último trimestre, a população desocupada cresceu 7,3% (o
equivalente a mais 879 mil pessoas) em relação ao trimestre de agosto a
outubro de 2016. Quando comparada ao mesmo trimestre do ano passado, a
alta do desemprego no trimestre encerrado em janeiro chegou a 34,3%, o
equivalente a mais 3,3 milhões de pessoas desocupadas.
Na
comparação com o mesmo trimestre móvel encerrado em janeiro do ano
passado, quando o desemprego estava em 9,5%, a taxa cresceu 3,1 ponto
percentual. Em relação à população ocupada, atualmente de 89,9 milhões
de pessoas, houve estabilidade em relação ao trimestre de agosto a
outubro de 2016.
Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior,
quando o total de ocupados era de 91,6 milhões de pessoas, foi
registrado declínio de 1,9% na taxa de desocupação – ou menos 1,7 milhão
de pessoas empregadas.Carteira assinada
Os
dados da Pnad Contínua indicam que o contingente de pessoas ocupadas
foi estimado em aproximadamente 89,9 milhões no trimestre de novembro do
ano passado a janeiro deste ano, dos quais 33,9 milhões eram empregados
no setor privado, com carteira de trabalho assinada.
Esse número
ficou estável em relação ao trimestre de agosto a outubro, mas em um
ano o número de trabalhadores com carteira assinada caiu 3,7%, o
equivalente a 1,3 milhão de pessoas - quando a comparação se dá com o
trimestres encerrado em janeiro do ano passado.
A categoria dos
empregados no setor privado sem carteira assinada fechou o último
trimestre em 10,4 milhões de pessoas, com estabilidade em relação ao
trimestre de agosto a outubro do ano passado. Em relação ao mesmo
período do ano anterior, foi registrado crescimento de 6,4%, um aumento
de 626 mil pessoas.
A categoria que trabalha por conta própria
cresceu 2,1% frente ao trimestre de agosto a outubro, atingindo 22,2
milhões de pessoas, mais 450 mil pessoas. Em comparação ao mesmo período
do ano anterior, no entanto, houve queda de 3,9%, ou seja, menos 902
mil pessoas.
Por outro lado, o contingente de empregadores,
estimado em 4,2 milhões de pessoas, apresentou estabilidade frente ao
trimestre imediatamente anterior, com elevação de 8,6% (mais 333 mil
pessoas).
Os dados do IBGE mostram ainda que a categoria de
trabalhadores domésticos, estimada em 6,1 milhões de pessoas, se manteve
estável tanto em relação ao trimestre de agosto a outubro de 2016
quanto ao de novembro de 2015 a janeiro de 2016.
Rendimento médio
Apesar
da alta taxa de desemprego no país, o rendimento médio real
habitualmente recebido pelo trabalhador vem se mantendo estável, tanto
em relação ao trimestre agosto-outubro do ano passado (R$ 2.056), quanto
em relação ao mesmo trimestre do ano passado (R$ 2.047).
Edição: Graça Adjuto
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário