16/02/2017
Brasília
Pedro Peduzzi e Andréia Verdélio – Repórteres da Agência Brasil
O
presidente Michel Temer disse hoje (16) que vai cobrar, do Banco do
Brasil (BB), o aumento da oferta de crédito para o mercado. Segundo o
presidente, isso será possível graças ao lucro que vem sendo registrado e
aos ajustes de gestão que estão sendo feitos pelo banco.
Temer
fez a declaração durante a cerimônia de sanção da medida provisória (MP)
que reformula o ensino médio no país. “Quando se fala em reforma, não
se percebe bem o conceito material e como isso mexe no bolso das pessoas
e como isso pode facilitar a vida não só de quem tem recursos como de
quem não tem recursos”, acrescentou.
O presidente disse que
recebeu hoje a notícia de que, apesar das dificuldades econômicas, no
ano passado, o Banco do Brasil teve lucro de R$ 8 bilhões, embora tenha
fechado agências e dispensado 9,5 mil servidores em processos de
aposentadoria ou demissão consentida.
"Daria muito mais do que
isso. Esses 9,5 mil dispensados geraram um pagamento de R$ 1,4 bilhão.
Portanto, o lucro seria de R$ 9,4 bilhões. Ora, o BB é um banco
vocacionado para o crédito, para o empréstimo. Portanto, na medida que
tem essa possibilidade, evidentemente que há, e nós vamos cobrar,
aumento do crédito no país”, ressaltou.
Para Temer, tendo
aumentado os lucros, o BB terá melhores condições de ampliar seus
financiamentos, o que ajudará o país a concluir obras inacabadas.
"Tínhamos várias obras inacabadas. Quando cheguei aqui me surpreendi,
porque eram obras que muitas vezes demandavam aplicações e recursos
entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões. São creches, UPAs [unidades de
pronto-atendimento] e obras de pequena repercussão, mas que nos
municípios pequenos têm repercussão extraordinária”.
O presidente
informou que, na manhã de hoje, teve uma conversa com o ministro
interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, na qual foi informado de que,
das obras inacabadas, 436 foram retomadas e 79, concluídas.
Temer
comentou ainda a queda dos índices inflacionários e a redução de
despesas que vem sendo feita pelo governo. “A inflação hoje está em
5,35%. Isso vai repercutir para os mais pobres. Significa talvez a
impossibilidade do eventual aumento de preços nos supermercados a
pretexto da inflação”, disse. “Além do que só a redução do custeio,
depois que assumimos, foi de 2,6%. Isso significou redução de quase R$1
bilhão das despesas”, acrescentou.
Edição: Nádia Franco
Fonte: Agência Brasil
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