22/03/2017 São Paulo
Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil
Pelo menos quatro pessoas foram presas durante a Operação
Resgate, deflagrada hoje (22) pela Polícia Federal (PF) em Praia Grande,
litoral paulista. O foco da ação era identificar suspeitos de produzir e
distribuir pela internet uma grande quantidade de arquivos com imagens
de abuso sexual de crianças e adolescentes
Foram cumpridos cinco
mandados de busca e apreensão e um homem e uma mulher foram presos em
flagrante com material contendo abuso sexual de crianças. Os outros dois
presos também são um homem e uma mulher. Segundo o responsável pela
operação, o agente Valdemar Latance Neto, as investigações começaram em
janeiro deste ano, depois da identificação de um brasileiro que
distribuía material contendo cenas de abuso sexual de crianças em um
site internacional.
“As imagens indicavam que quem estava
distribuindo as imagens no site era a mesma pessoa que tinha produzido
essas imagens. O que demandou ação rápida da Polícia Federal”, disse.
Segundo
Latance, o responsável pela produção das imagens foi um dos presos em
flagrante com o material, o que permitiu a confirmação de que ele é
autor dos abusos. “Até o momento já identificamos cinco dessas crianças e
as investigações continuam para identificar outras. As quatro pessoas
tem uma relação, são da mesma família, mas foi o produtor quem
distribuiu o material para os outros três.”
O homem preso em
flagrante tem aproximadamente 40 anos e não tinha passagem pela polícia.
Segundo a Polícia Federal, há indícios de que ele cometia o crime há
muito tempo. “São crianças entre 4 e 11 anos de idade e suspeitamos que
sejam parentes. Vamos tentar identificar outras [crianças] que moravam
na redondeza e que faziam parte do ciclo de confiança dele para que ele
seja responsabilizado pelos crimes que cometeu”, disse Latance.
Segundo
as investigações, até o momento não há indícios de comercialização do
material. “O que há muito nesses casos é intercâmbio entre as pessoas
que apreciam esse tipo de pornografia. Eles publicam nesses sites
procurando pessoas que queiram trocar esse tipo de material. Há indícios
de que os outros três sabiam do que acontecia com as crianças que eram
muito próximas a eles. Apuraremos a participação deles nesses estupros.”
De
acordo com o delegado da Polícia Federal em Santos, Júlio César Baida
Filho, as investigações continuarão e demandarão cautela para garantir a
preservação da identidade das crianças. Os investigados vão responder
por crimes de estupro de vulnerável, produção de material pornográfico
com conteúdo infantil e pela posse e distribuição desse material. As
penas variam de quatro a 15 anos de prisão.
*texto atualizado às 17h54 para acréscimo de informações Fonte: Agência Brasil
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