Por G1 São Paulo
Após ser preso, Roger Abdelmassih faz foto de identificação no Paraguai (Foto: Divulgação/Senad)
O ex-médico Roger Abdelmassih, preso após ser condenado por crimes
sexuais contra pacientes, sofreu mais uma condenação, dessa vez por
sonegação de impostos. A informação foi confirmada nesta terça-feira (4)
ao G1 pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo.
O jornal Folha de S.Paulo
divulgou o caso na edição desta terça-feira (4). De acordo com a
reportagem, o juiz Carlos Alberto Oliveira, da 25ª Vara Criminal de SP,
determinou pena de três anos e 15 dias de reclusão e multa equivalente a
meio salário mínimo a Abdelmassih.
Segundo o TJ, a decisão judicial é de dezembro do ano passado e o
cumprimento da pena terá de ser em regime aberto. O caso está sob
segredo de Justiça. Mas segundo a Folha, a sentença não poderá ser cumprida por Abdelmassih, pois ela prescreveu.
O G1
não conseguiu localizar a defesa do ex-médico para comentar o assunto. A
assessoria de imprensa do Ministério Público (MP) informou que a
promotora Tatiana Bicudo, da Promotoria de Repressão aos Crimes de
Sonegação Fiscal, apurou o caso envolvendo Abdelmassih e confirmava a
condenação. Apesar disso, o órgão não deu mais detalhes.
O ex-médico Roger Abdelmassih, no dia em que chegou a SP, após ser
encontrado no Paraguai, em 2014 ( William Volcov/Brazil Photo
Press/Estadão Conteúdo)
Segundo o jornal, Abdelmassih foi sócio da Clínica Andrologia São
Paulo, entre 2005 e 2008, quando suprimiu e reduziu o pagamento de ISS
ao município em um total de R$ 261,9 mil à época. Mesmo com a prescrição
da pena, a dívida continua sendo alvo de execução fiscal, de acordo com
a Folha.
A reportagem informou ainda que o MP decidiu apurar se Abdelmassih
desviada dinheiro após vítimas de seus crimes sexuais contarem que ele
dava opção de pagamento com ou sem nota para seus tratamentos.
Em 2010, Abdelmassih havia sido condenado por crimes sexuais contra 37
ex-pacientes. O então geneticista sempre negou, alegando que apenas
beijava as clientes. No ano seguinte o Conselho Regional de Medicina do
Estado de São Paulo (Cremesp), no entanto, também cassou seu registro
profissional.
Para não ser preso, Abdelmassih fugiu com a atual mulher e os dois filhos para o Paraguai, onde foi preso pela Polícia Federal (PF) em 2014. Ele está detido atualmente numa unidade prisional em Tremembé, interior do estado onde cumpre pena de 181 anos de prisão
por estupros, atentados violentos ao pudor e atos libidinosos contra
mulheres, entre 1995 e 2008. O ex-geneticista está com 73 anos.
Fonte: G1 SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário