03/10/2017 10:30 -
Polícia
Vítimas de 12 e 13 anos relatam que estavam indo para a escola, quando foram abordadas pelo suspeito e levadas a casa em processo de demolição
Tisa Moraes e Bruno Freitas
Tisa Moraes |
Estupro das duas adolescentes teria ocorrido dentro de um dos cômodos de uma casa que está sendo demolida na Vila Souto |
A Polícia Civil trabalha para identificar o homem que aparece em imagens gravadas por câmeras residenciais de segurança caminhando ao lado de duas meninas, de 12 e 13 anos, que o acusam de estupro. Segundo as vítimas, que estavam indo para a escola, o homem as ameaçou de morte e as obrigou a ir até um imóvel abandonado, onde elas foram forçadas a fazer sexo oral.
O crime foi registrado por volta das 6h40 dessa terça-feira (3), na Vila Souto, região da Vila Falcão. Segundo a Polícia Militar, as duas adolescentes, que são amigas e estudam juntas, foram abordadas por um homem que usava boné, mochila e empurrava uma bicicleta.
Fazendo menção de estar armado, ele teria coagido as garotas a caminhar até uma casa que está há cerca de duas semanas em processo de demolição, no cruzamento entre as ruas Olegário Machado e Saldanha da Gama. Em um dos cômodos ainda não destruídos, elas relataram que foram violentadas.
"Ele também teria exigido que uma delas entregasse o celular. No caminho até o imóvel, uma viatura da Polícia Militar chegou a passar por eles, mas, por não perceber nenhuma reação suspeita, a equipe seguiu em patrulhamento", detalha o comandante das bases Oeste e Noroeste, tenente Nilson Tarcísio de Campos.
Uma vizinha do local onde as vítimas narram ter sido estupradas revela que ouviu barulhos vindos do muro que divide os imóveis por volta das 6h45. "Todos os dias, pessoas entram ali para usar drogas ou pegar restos de construção, inclusive um homem que está sempre de bicicleta. Mas, como essa movimentação é recorrente, nem saí de casa para ver o que estava acontecendo", conta a moradora, que conhece uma das vítimas e preferiu não se identificar.
BUSCAS
Depois de forçar a prática de sexo oral, o agressor deixou o local e, em seguida, as garotas foram vistas por outra vizinha, que ofereceu ajuda. "Elas relataram o que havia ocorrido e foram levadas por esta pessoa até a escola, que acionou a PM e os pais. Foram realizadas buscas em toda a região, mas nenhum suspeito foi localizado", acrescenta tenente Tarcísio.
IMAGENS
Além das câmeras residenciais de segurança, o oficial da PM acredita que imagens eventualmente gravadas por um ônibus do transporte coletivo que passou ao lado do homem e das adolescentes quando eles faziam o trajeto até o local do crime possa ajudar a identificar o agressor.
Ainda de acordo com o tenente, as vítimas foram encaminhadas para atendimento médico e já estão sendo medicadas para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
INVESTIGAÇÕES
Delegado seccional de Bauru, Ricardo Martines salienta que a Polícia Civil só foi informada sobre o caso por volta das 14h, quando a coleta de material biológico nas vítimas e no local do crime já estavam prejudicados.
"Essa demora dificultou a coleta de vestígios para posterior confronto com o DNA de suspeitos que vierem a ser identificados. Mas, mesmo assim, os exames periciais foram requisitados. A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) já ouviu as vítimas e as investigações serão tratadas com prioridade", completa Martines.
Fonte: LCnet
Nenhum comentário:
Postar um comentário