07/02/2017
18h25
Brasilia
Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil
O governo federal autorizou a retomada da duplicação de um trecho
da BR-101 no estado de Alagoas e a conclusão da pista do aeroporto de
Aracaju. As ordens de serviço que dão início às obras foram assinadas
nesta terça-feira (7) no Palácio do Planalto, com a presença do
presidente Michel Temer.
De acordo com o ministro dos
Transportes, Maurício Quintella, a retomada das obras, que estavam
paralisadas, abrange 40 quilômetros entre os municípios de Capela (AL) e
Propriá (SE), na divisa com Alagoas. "Um lote com custo de R$ 157
milhões. Nós temos este ano R$ 81 milhões, o que dá para retomar a obra
com tranquilidade", afirmou, durante o evento.
Ao agradecer pela
retomada do empreendimento, o governador do Sergipe, Jackson Barreto,
informou que cerca de R$ 300 milhões serão repassados pela União para a
ampliação da pista de pouso e decolagem do aeroporto de Aracaju, por
meio de emendas parlamentares impositivas. Durante o discurso, ele
cobrou da União ações também para a duplicação da BR-101 em Sergipe.
"Na
última vez [que estive em Brasília fazendo os pedidos], a senadora
Maria do Carmo [Alves, DEM-SE] me dizia: 'precisamos unir essa bancada
para exigir do governo', e ela colocou muito bem, o reinício dessas
obras. Tão [grande] é o volume, presidente, de acidentes, nessa rodovia
do lado de Sergipe", justificou.
Oposição
Durante
seu discurso, Temer fez um apelo para que a oposição distinga as pautas
de governo e as de Estado, e não "trabalhe contra". Ele citou mudanças
de interesse da sociedade, como a ampliação da faixa de renda do
programa Minha Casa, Minha Vida e o saque das contas inativas do Fundo
de Garantia do Tempo de Serv iço (FGTS), para dizer que tem conseguido
levar o governo adiante com "relativo sucesso".
"Mas este sucesso
relativo pode maximizar-se na medida em que tenhamos o apoio dos
estados, o apoio do Congresso Nacional e tenhamos a compreensão da
sociedade. E quando há oposição aos temas que nós levamos ao Congresso,
não é oposição de mérito ao tema, é oposição política. 'É porque eu sou
oposição, portanto, trabalho contra'. E o sentido jurídico de oposição
não é esse. O sentido jurídico é: 'Olha, se o governo está fazendo uma
coisa adequada compatível com necessidades do Brasil, nós temos que
apoiar, não podemos nos insurgir'", afirmou.
Defendendo a reforma
da Previdência, encaminhada ao Legislativo no fim do ano passado, Temer
admitiu que é uma matéria "difícil" e "polêmica". "Ainda agora, o
presidente [da Argentina, Maurício] Macri, que veio ao Brasil para
firmar uma parceria cada vez mais sólida com o nosso Estado, me disse:
'Já fixamos lá há muito tempo a idade mínima de 65 anos, e agora também
fixamos que, a cada dois anos, vamos aumentar mais um ano, até atingir
os 70 anos'. Então, esta é uma coisa universal. As pessoas precisam
disso. O nosso déficit é de R$ 149 bilhões na Previdência Social",
disse.
Edição: Amanda Cieglinski
Fonte: Agência Brasil
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