FMI melhora projeção para o PIB do Brasil; retração cai de 3,8% para 3,3%
- 19/07/2016 10h44publicação
- Brasílialocalização
Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil *
O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera
por uma queda menor da economia brasileira este ano. A projeção de
retração do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e
serviços produzidos no pais, passou de 3,8% em abril, para 3,3%. O FMI
também melhorou a estimativa para o próximo ano, que foi de estabilidade
da economia para crescimento de 0,5%.
“A confiança dos
consumidores e empresários parece já ter batido no fundo no Brasil, e a
contração do PIB no primeiro trimestre foi mais branda que a
antecipada", diz o FMI no relatório Perspectiva Econômica Global (World
Econonic Outlook, em inglês), publicado hoje (19).
Consequentemente,
diz o FMI, a recessão em 2016 agora está prevista para ser menos
severa, com o retorno ao crescimento em 2017. O FMI diz, entretanto, que
as incertezas políticas mantêm-se e podem obscurecer as perspectivas.
A projeção para o crescimento das economias emergentes e em desenvolvimento foi mantida em 4,1% e em 4,6%.
Brexit
No
relatório, o FMI analisa as consequências da saída do Reino Unido da
União Europeia, após decisão da população em referendo. Para o FMI, o
resultado do referendo no Reino Unido, que surpreendeu os mercados
financeiros globais, implica a materialização de um risco importante
para a economia mundial, o que tem como resultado piores perspectivas
econômicas para 2016 e 2017.
No documento, que atualiza as
projeções feitas no relatório do abril, a projeção para o crescimento da
economia global ficou em 3,1% este ano e 3,4% em 2017, com redução de
0,1 ponto percentual em relação à estimativa de abril.
Ainda
assim, as projeções hoje apresentadas consideram que há uma redução
gradual da incerteza, há acordos entre o Reino Unido e a União Europeia
que impedem um aumento das barreiras comerciais e também que não não há
uma ruptura grande nos mercados financeiros e que as consequências
políticas do Brexit são limitadas.
* Com informações da Agência Lusa
Edição: Kleber Sampaio
Via Agência Brasil
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