A sede da Guarda Municipal em Fortaleza, no Bairro
Rodolfo Teófilo, foi metralhada na madrugada desta quinta-feira (14/07).
Três homens encapuzados desceram de um carro e alvejaram a guarita da
rua lateral, segundo os agentes que estavam no local. Ninguém ficou
ferido. Após o ataque, os guardas municipais paralisam as atividades
nesta quinta. Segundo a Guarda Municipal, foi a direção da entidade quem
solicitou que as equipes não saíssem da base, para uma reunião ainda
nesta manhã.
O ataque na sede da guarda, segundo os agentes, aconteceu por volta
de 1h. Quatro guardas estavam no equipamento. Dois deles estavam na
guarita, que foi alvejada e ficou com as marcas de tiro. Pelos
projéteis, os agentes dizem que os disparos foram de pistola 380.
Os guardas, que segundo contam não estavam de colete, correram e não
foram atingidos pelos disparos. De acordo com o sindicato da categoria,
foi registrado um boletim de ocorrência, e os projéteis foram levados
para a perícia.
Os disparos atingiram a guarita e parte do muro. Conforme os agentes
foram mais de 20 tiros. O acesso à rua lateral não tem vigilância
eletrônica, e por isso sindicato informou que vai solicitar aos vizinhos
imagens que possam ter registrado a ação.
Reunião com agentes
A Guarda Municipal informou que o diretor geral, Edgard Fuques,
solicitou que as equipes que estivessem na base não saíssem, e que os
profissionais nas ruas voltassem à sede, para uma reunião para tratar
sobre o incidente. A Guarda comunicou, ainda, que vai solicitar abertura
de inquérito policial para apurar o fato.
Condições de trabalho
Já os agentes da Guarda dizem que resolveram paralisar em protesto e
pedem uma reunião e antecipação de “medidas urgentes”, segundo o
presidente do sindicato, Jamal Forte. A categoria reclama falta de
equipamentos, como coletes, espargidor (spray de pimenta), arma de
choque, e pede uso da arma de fogo.
Para o presidente do sindicato, a ação pode ser uma “retaliação à
atuação mais efetiva, ostensiva e presente dos guardas, em diversas
frentes, como terminais, parques, praças. Nós apreendemos 15 armas de
fogo nos terminais no ano passado. Tem um trabalho na (feira da) José
Avelino, também. É uma presença mais significativa, virou alvo”.
Segundo os agentes, não há número suficiente de coletes e muitos
estão com prazo de validade vencido. “Nós estamos fazendo denúncias
sobre o descaso aos guardas desde o ano passado. Muitos, por exemplo,
saem com a pistola de choque, mas não tem cartucho”, critica.
Fonte: Ceará Agora
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