Por Markus DaSilva, Th.D.
Conforme explicado na primeira parte deste texto, o maior dos problemas
do cristão é ter que conviver diariamente com o enorme exército
espiritual que se opõe a Deus (Ap 12:9). A liderança desse exército tem
ao seu dispor uma imensidão de anjos caídos, grande número de seres
humanos alistados, e um arsenal de ferramentas, especialmente nos meios
de comunicação, para usar nos seus ataques diários.
O que torna Satanás e seus demônios uma força perigosa é que se trata de
seres já derrotados, sem a menor esperança de vitória nessa guerra
contra o Senhor. Um batalhão em missão suicida sem ter nada a perder (Mt
8:29; Ap 20:10). A inevitável derrota, porém, não os impedem de
procurar levar consigo o maior número possível de almas para o triste
final que os aguarda. Isto é o que motiva esse terrível adversário:
destruir um grande número dos seres criados à imagem de Deus,
simplesmente pelo prazer de magoar o Criador (Ez 18:23).
Reconheço que este é um assunto desagradável de ser abordado, mas é
muito importante que nós, que aguardamos ansiosos a volta de Jesus,
estejamos a par das táticas usadas pelo inimigo que “anda ao redor como
leão, rugindo e procurando a quem possa devorar” (1Pd 5:8).
A sua especialidade é a mentira; a ilusão. Foi assim que ele conseguiu
sucesso no Éden, e é assim que ele continua levando milhares para o seu
lado (Jo 8:44). Ele utiliza de todos os meios disponíveis para nos
convencer a correr atrás daquilo que não satisfaz, daquilo cujo prazer é
passageiro (Is 55:2).
Tudo o que provém do inimigo é uma farsa, um engodo, mas tendo no seu
curriculum milhares de anos de experiência com o ser humano, ele
empacota o seu lixo malcheiroso de tal forma que para nós parece ser o
mais atrativo dos presentes (Tg 1:14). Assim homens deixam suas esposas e
mulheres seus maridos. Assim jovens se afastam das igrejas. Assim
tantos se encontram escravos do entretenimento (2Pd 2:19).
O cristão que imagina ser possível escapar das ciladas de Satanás
utilizando da inteligência, da lógica, do bom senso, do equilíbrio, do
autocontrole… para esse, geralmente é tarde demais. A sua própria
autoconfiança faz parte do estratagema do inimigo. É prisioneiro sem dar
conta; dizendo ser forte, “ele não vê que é miserável, digno de
compaixão, pobre, cego, e que está nu” (Ap 3:17).
Nossa única esperança está no Senhor. Somente quando o obedecemos por
completo, ignorando o nosso próprio entendimento, podemos nos livrar dos
enganos da serpente (Pv 3:5; Tg 4:7). Jesus nos disse para abandonarmos
tudo nesse mundo para poder segui-lo (Lc 14:33). Não existe outro
caminho para a liberdade a não ser a entrega total. Somos ramos para a
Videira, crianças para o Pai e ovelhas para o Pastor. Ramos, crianças e
ovelhas… dependência total. Espero te ver no céu. —Markus DaSilva
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