sábado, 18 de março de 2017

VIVENDO EM TERRAS INVADIDAS (PARTE 2)

Por Markus DaSilva, Th.D.

Conforme explicado na primeira parte deste texto, o maior dos problemas do cristão é ter que conviver diariamente com o enorme exército espiritual que se opõe a Deus (Ap 12:9). A liderança desse exército tem ao seu dispor uma imensidão de anjos caídos, grande número de seres humanos alistados, e um arsenal de ferramentas, especialmente nos meios de comunicação, para usar nos seus ataques diários.
O que torna Satanás e seus demônios uma força perigosa é que se trata de seres já derrotados, sem a menor esperança de vitória nessa guerra contra o Senhor. Um batalhão em missão suicida sem ter nada a perder (Mt 8:29; Ap 20:10). A inevitável derrota, porém, não os impedem de procurar levar consigo o maior número possível de almas para o triste final que os aguarda. Isto é o que motiva esse terrível adversário: destruir um grande número dos seres criados à imagem de Deus, simplesmente pelo prazer de magoar o Criador (Ez 18:23).
Reconheço que este é um assunto desagradável de ser abordado, mas é muito importante que nós, que aguardamos ansiosos a volta de Jesus, estejamos a par das táticas usadas pelo inimigo que “anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar” (1Pd 5:8).
A sua especialidade é a mentira; a ilusão. Foi assim que ele conseguiu sucesso no Éden, e é assim que ele continua levando milhares para o seu lado (Jo 8:44). Ele utiliza de todos os meios disponíveis para nos convencer a correr atrás daquilo que não satisfaz, daquilo cujo prazer é passageiro (Is 55:2).
Tudo o que provém do inimigo é uma farsa, um engodo, mas tendo no seu curriculum milhares de anos de experiência com o ser humano, ele empacota o seu lixo malcheiroso de tal forma que para nós parece ser o mais atrativo dos presentes (Tg 1:14). Assim homens deixam suas esposas e mulheres seus maridos. Assim jovens se afastam das igrejas. Assim tantos se encontram escravos do entretenimento (2Pd 2:19).
O cristão que imagina ser possível escapar das ciladas de Satanás utilizando da inteligência, da lógica, do bom senso, do equilíbrio, do autocontrole… para esse, geralmente é tarde demais. A sua própria autoconfiança faz parte do estratagema do inimigo. É prisioneiro sem dar conta; dizendo ser forte, “ele não vê que é miserável, digno de compaixão, pobre, cego, e que está nu” (Ap 3:17).
Nossa única esperança está no Senhor. Somente quando o obedecemos por completo, ignorando o nosso próprio entendimento, podemos nos livrar dos enganos da serpente (Pv 3:5; Tg 4:7). Jesus nos disse para abandonarmos tudo nesse mundo para poder segui-lo (Lc 14:33). Não existe outro caminho para a liberdade a não ser a entrega total. Somos ramos para a Videira, crianças para o Pai e ovelhas para o Pastor. Ramos, crianças e ovelhas… dependência total. Espero te ver no céu. —Markus DaSilva

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