19/04/2017
Bogotá
Da Agência EFE
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos,
pediu à chanceler María Ángela Holguín que leve, nesta quarta-feira
(19), à Organização das Nações Unidas (ONU) a preocupação de seu governo
com a "militarização da sociedade venezuelana", anunciada pelo
presidente Nicolás Maduro. A informação é da Agência EFE.
"Solicitei
à chanceler que peça hoje ao secretário-geral da ONU [António Guterres]
atenção com a preocupante militarização da sociedade venezuelana",
escreveu o chefe de Estado em seu Twitter.
María Ángela Holguín
viajou ontem (18) para Nova York, onde se reúne hoje com representantes
das Nações Unidas, para apresentar os avanços da missão do organismo
internacional na aplicação do acordo de paz firmado com as Forças
Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
A
Colômbia e a Venezuela compartilham uma fronteira terrestre de 2.219
quilômetros e, por isso, a crise do país vizinho é seguida com atenção
pelas autoridades de Bogotá.
Em mensagem publicada nesta
terça-feira (18), Santos manifestou "séria preocupação" com o anúncio do
presidente Maduro sobre um plano para aumentar os membros da Milícia
Bolivariana.
Maduro disse na segunda-feira passada (17), em
Caracas, que aprovou um plano com o objetivo de expandir para 500 mil os
membros da Milícia Bolivariana, armados com fuzis, a fim de que se
desdobrem em todas as áreas de defesa integral do país.
O novo
pronunciamento de Santos ocorre após os de mais 11 governantes da
América Latina. Eles reagiram à morte de seis pessoas nos últimos
protestos na Venezuela e pediram que seja evitada "qualquer ação de
violência" na jornada de manifestações convocada para hoje.
O
pronunciamento foi considerado pelo Executivo venezuelano uma "grosseira
ingerência". Para a Venezuela, os governos dessas nações "violentam" as
leis internacionais e respaldam um suposto "intervencionismo" do
exterior. Os governos latino-americanos foram ainda acusados de apoiar a
"violência" da oposição.
"A Venezuela rejeita a grosseira
ingerência da Argentina, do Brasil, Chile, da Colômbia, Costa Rica,
Guatemala, de Honduras, do México, Paraguai, Peru e Uruguai", disse a
chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez.
Alexandrepfilho Via Agência Brasil
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