07/04/2017 16h25Brasília
Wellton Máximo e Mariana Branco – Repórteres da Agência Brasil
O
governo propôs salário mínimo de R$ 979 para o próximo ano. O valor
consta do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018,
apresentado hoje (7) pelos ministros anunciaram os ministros do
Planejamento, Dyogo Oliveira, e da Fazenda, Henrique Meirelles.
Atualmente,
o salário mínimo é R$ 937. De acordo com Oliveira, a equipe econômica
seguiu a regra atual, que determina a correção do mínimo pela inflação
do ano anterior pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA) mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e
dos serviços produzidos no país) de dois anos anteriores.
Saiba Mais
Como
em 2016 houve contração de 3,6% do PIB, o salário mínimo será corrigido
exclusivamente pela variação do IPCA de 2017. Para chegar a estimativa,
o governo considerou a estimativa de 4,48% para o IPCA que consta do
boletim Focus, pesquisa com mais de 100 instituições financeiras
divulgada toda semana pelo Banco Central.
Aumento do déficit
O projeto da LDO aumentou em R$ 50 bilhões, de R$ 79 bilhões para R$ 129 bilhões,
a meta de déficit primário (resultado negativo nas contas do governo
sem o pagamento dos juros da dívida pública) para 2018. De acordo com os
ministros, a nova meta leva em conta a queda de arrecadação decorrente
da recessão de 2015 e de 2016, que se manifesta nas receitas do governo
com certo tempo de defasagem.
“Em 2018 ainda sofreremos um
processo de atraso da resposta na receita. As empresas ainda estarão
acumulando muitos créditos fiscais decorrentes de prejuízos anteriores. A
recuperação da economia em 2018 não impacta imediatamente na
arrecadação. Do lado das receitas ainda teremos em certa medida efeitos
da recessão”, disse Oliveira.
De acordo com o ministro do
Planejamento, mesmo com crescimento de 2,5% no PIB para o próximo ano, a
arrecadação federal ainda vai demorar a recuperar-se. Segundo ele, a
partir de 2019, o governo espera uma recomposição da receita, mas ainda
sem voltar aos níveis de 2011, quando a receita era dois pontos
percentuais do PIB acima do nível atual.
Edição: Luana Lourenço
Fonte:Agência Brasil
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