13/04/2017 14h58
São Paulo
Fernanda Cruz – Repórter da Agência Brasil
O relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), vinculado à Aeronáutica, sobre a queda de helicóptero em Carapicuíba
(SP), que matou Thomaz Rodrigues Alckmin, filho do governador paulista
Geraldo Alckmin, confirma que componentes da aeronave estavam
desconectados.
O
acidente ocorreu em abril de 2015, em Carapicuíba (SP), e matou também o
piloto Carlos Haroldo Gonçalves e os mecânicos Paulo Moraes, Erick
Martinho e Leandro Souza. A Aeronáutica já havia divulgado nota, em
junho de 2015, em que apontava que a causa da queda havia sido um
problema com os componentes.
Segundo o relatório, os controles flexíveis (ball type) e alavancas (bellcranck),
que são fundamentais para o piloto controlar a aeronave em voo, estavam
desconectados antes da decolagem. Uma das hipóteses é que o mecânico a
bordo tenha se distraído, sem perceber a intercorrência.
O
documento aponta ainda falhas na organização de trabalho: “a rotina de
trabalho dos profissionais da organização de manutenção era suscetível a
interferências e interrupções que promoviam quebra na sequência das
atividades desenvolvidas”.
A empresa Helipark, proprietária do
helicóptero, havia se pronunciado quando o primeiro relatório foi
anunciado, dizendo que a hipótese de o helicóptero ter decolado com os
componentes desconectados é absurda. “Equivalente a imaginar-se dirigir
um automóvel com a barra de direção solta. Tratando-se de um
helicóptero, o mero acionamento dos motores provocaria o tombamento
lateral da aeronave ainda na pista”.
Edição: Denise Griesinger
Fonte: Agência Brasil
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