- 26/11/2016 17h50
- Brasília
Da Agência Brasil*
O
partido organizou atos na segunda e terça-feiras da próxima semana, no
Memorial Jose Marti. De acordo com o ritual previsto, todos os que
comparecerem às homenagens deverão assinar um livro em que prometem
fidelidade à Revolução Cubana. Haverá também uma missa na Praça Havana,
onde Fidel costumava se dirigir às multidões.
Líder da Revolução
Cubana em 1959, Fidel Castro governou Cuba até 2013, quando renunciou a
presidência em nome do irmão, Raúl Castro, atual presidente do país. Ao
anunciar a morte de Fidel na televisão estatal cubana, Raúl Castro disse
que o corpo do irmão será cremado. Ele também decretou luto oficial de
nove dias no país. Ainda hoje, a comissão organizadora dos funerais do
líder cubano divulgará informações detalhadas sobre as homenagens
póstumas.
Na quarta-feira (30), as cinzas de Fidel serão levadas
em caravana, passando por várias partes da ilha, para lembrar a caranava
da Liberdade de janeiro de 1959, liderada por Fidel para comemorar a
vitória da revolução e a queda do ditador Fulgencia Batista. As cinzas
serão colocadas em um cemitério na cidade cubana de Santiago.
Miami
Mais
de uma centena de pessoas, a maioria cubanos exilados, saíram às ruas
de Miami, nos Estados Unidos, para festejar a morte de Fidel Castro.
"Liberdade,
liberdade" e "Olé, Olé, se foi, se foi" foram algumas das frases ditas
pela multidão nas proximidades do Café Versailles, um dos locais
preferidos da comunidade cubana em Miami.
"Não
está se festejando a morte de um ser humano, está se festejando a morte
de um ditador. Assim como se celebrou a morte de Hitler, estamos
comemorando a de uma pessoa que causou muitos danos a quatro gerações de
cubanos", disse o prefeito de Miami, Tomás Regalado. "Esses jovens que
nasceram nos Estados Unidos refletem a dor que seus pais e avós
sofreram, tirados de sua pátria. Creio que isso é o mais importante que o
mundo deve ver. Não é uma falta de respeito, ao contrário, uma genuína
celebração de liberdade de um ditador", acrescentou.
Os três
parlamentares cubano-estadounidenses da Flórida também comemoraram a
morte do "tirano" Fidel Castro e fizeram votos para que a Cuba se torne
livre e democrática.
* Com informações de Monica Yanakiew, de Buenos Aires, e da agência de notícias Telam
Edição: Carolina Pimentel
Fonte: Agência Brasil
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