06/12/2016
São Paulo
Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil
O´conjunto dos alimentos que compõem a cesta
básica ficou mais barato em novembro em 25 das 27 capitais brasileiras
onde é feita a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos pelo
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese). A maior queda ocorreu em Boa Vista (-7,35 %), seguida de
Recife (-5,10%), Cuiabá (-4,68%), Salvador (-4,48%), Belo Horizonte
(-4,20 %) e São Paulo (-4,08%) .
As duas únicas capitais onde os
preços subiram foram Macapá (0,13%) e Rio Branco (0,37%). Mas o maior
valor da cesta foi apurado em Porto Alegre (R$ 469,04 ). Na sequência
das mais caras aparecem: Florianópolis (R$ 466,25) e São Paulo (R$
450,39 ). Em sentido oposto, os menores custos foram encontrados em
Recife (R$ 353,08 ) e Natal (R$ 354,59).
No acumulado de janeiro a
novembro, todas as 27 cidades onde é feita a pesquisa apresentaram
avanços, com destaque para Maceió (22,95%), Rio Branco (22,44%), Aracaju
(20,53%) e Fortaleza (18,62%). Entre as capitais onde os preços subiram
com menos intensidade estão: Recife (5,76%), Manaus (7,18%), Curitiba
(7,55%) e São Paulo (7,72%).
Pelos
cálculos do Dieese, o salário mínimo ideal para suprir as necessidades
de uma família composta por quatro pessoas em novembro deveria ser de
R$3.940, valor 4,48 vezes acima do atual (R$ 880). Em outubro, o mínimo
ideal era R$ 4.016, ou 4,56 vezes o salário mínimo em vigor.
Segundo
o levantamento, os principais itens que contribuíram para a redução do
custo da cesta foram o leite integral, o feijão, o tomate e a batata. No
sentido contrário, ficaram mais caros o café em pó, o açúcar e a carne
bovina de primeira.
O preço do feijão carioquinha baixou em todas
as capitais, com variações entre -24,83% (em Belém) e -0,53% (em Rio
Branco). Segundo o Dieese, a queda se explica pela intenção de se
resgatar o consumidor, que andava afugentado pelos altos preços
praticados no mercado. Além disso, houve a entrada da terceira safra no
mercado de abastecimento.
No caso do feijão preto, ocorreram
oscilações para cima e para baixo. O produto ficou mais caro em Porto
Alegre (2,66%), Florianópolis (2,49%) e Curitiba (1,71%). E diminuiu de
preço em Vitória (-2,82%) e no Rio de Janeiro (-0,39%).
Entre os
produtos com aumento a carne bovina apareceu mais cara em 18 cidades,
com taxas que variaram de 0,04%, em João Pessoa e 4,28%, em Vitória. Nas
nove cidades restantes onde o preço ficou mais conta, as quedas mais
significativas foram: de 1,18%, em Salvador e de 1,03%, em Porto Velho.
Edição: Augusto Queiroz
Fonte: Agência Brasil
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