Fiscalização
Intervenções ocorreram no frigorífico da BRF de Mineiros (GO) e nas unidades da Peccin em Jaraguá do Sul (SC) e em Curitiba (PR)
por Portal Brasil
publicado:
18/03/2017 12h55
última modificação:
18/03/2017 12h55
Carlos Silva/Mapa
Como resposta à Operação Carne Fraca, deflagrada nesta sexta-feira (17) pela Polícia Federal, o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) interditou três
frigoríficos e afastou 33 servidores das suas funções. O anúncio foi
feito pelo secretário-executivo da pasta, Eumar Novacki.
A operação investiga o pagamento de propina para obtenção de licenças sanitárias. O
secretário observou que o corpo técnico do Mapa é altamente qualificado
e que o sistema de inspeção federal é submetido a avaliações
constantes, incluindo as de autoridades sanitárias estrangeiras por
parte de 150 países importadores de carnes brasileiras.
"Não vamos tolerar desvios e atos de corrupção. Estamos tomando
medidas enérgicas em relação a servidores e empresas e compartilhando
informações com a Polícia Federal e com o Ministério Público", disse
Novacki. A medida já havia sido antecipada ontem pelo ministro da
Agricultura, Blairo Maggi.
Intervenções
As intervenções do Mapa ocorreram no frigorífico da BRF de Mineiros
(GO), de abate de frangos, e nas unidades da Peccin em Jaraguá do Sul
(SC) e em Curitiba (PR), que produzem embutidos (mortadela e salsicha).
Em relação aos servidores, estão sendo abertos processos
administrativos.
“Cabe ressaltar que há processos que foram abertos já no passado, em
fase de investigação, e que estamos dando todo o suporte à PF”,
ressaltou o secretário. As primeiras denúncias do caso divulgado hoje
ocorreram há quase sete anos e, há dois anos, foram iniciadas as
investigações culminado com as prisões e conduções coercitivas”,
acrescentou.
O secretário enfatizou que o Mapa não admite atos ilícitos e apoia
integralmente quaisquer ações para os reprimir. Além de desenvolver
ações próprias, assinalou, o Ministério da Agricultura tem parcerias com
outros órgãos federais para fornecer dados, coletas oficiais de
amostras, análises laboratoriais e resultados de ações fiscalizatórias.
Novacki ressaltou que as denúncias se referem a casos isolados e que o
produto brasileiro tem reconhecimento no exterior. Ele lembrou ainda
medidas adotadas no Mapa, desde que Blairo Maggi é ministro, como a
portaria que impede a remoção de fiscais por parte de superintendentes
regionais, sem motivação.
Em novembro do ano passado, Maggi publicou a Portaria 257/2016, que
centralizou na Secretaria de Defesa Agropecuária e na
Secretaria-Executiva essas remoções. O secretário afirmou ainda que, em
dez meses foram abertos mais processos administrativos do que nos dois
anos anteriores.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)Alexandepfilho Via Portal Brasil
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