14/03/2017
Rio de Janeiro
Vinicius Lisboa - Repórter da Agência Brasil
A
Polícia Federal (PF) cumpre hoje (14) dois mandados de prisão
preventiva por suspeita de corrupção na construção da Linha 4 do metrô
do Rio de Janeiro. Os suspeitos presos são o subsecretário estadual de
Turismo, Luis Carlos Velloso, e o diretor da Companhia de Transportes
sobre Trilhos do Estado do Rio de Janeiro, Heitor Lopes de Sousa Junior.
Os
40 policiais envolvidos na operação cumprem também 13 mandados de busca
e apreensão e três mandados de condução coercitiva, expedidos pela 7ª
Vara Federal Criminal, no Rio.
Segundo a PF, os suspeitos
participam de um grupo criminoso responsável por cobrar propina e lavar
dinheiro em obras que incluem a Linha 4, que liga Ipanema à Barra da
Tijuca.
Os dois presos seriam responsáveis por procurar
empreiteiras para executar obras, cobrando de vantagens indevidas. Eles
serão indiciados por corrupção e lavagem de dinheiro e encaminhados ao
sistema prisional do estado.
A
principal forma de esconder a propina era a criação de aditivos que
aumentavam os custos dos projetos e alteravam o escopo técnico das
obras.
A operação é uma fase da Lava Jato no Rio de Janeiro e
conta com a parceria do Ministério Público Federal e da Receita Federal.
A fase foi batizada de Tolypeutes, em referência ao equipamento
utilizado nas escavações do Metrô, apelidado de Tatuzão. Tolypeutes é o
gênero das espécies de tatu-bola na classificação científica.
Em nota, a Rio Trilhos diz que "desconhece o teor das acusações e se coloca à disposição para eventuais esclarecimentos".
*Ampliada às 13h45 para inclusão do posicionamento da Rio Trilhos
Edição: Kleber Sampaio
Fonte: Agência Brasil
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