Por G 1 RS
O menino de 9 anos que morreu com um disparo de bala perdida na região da cabeça,
em Porto Alegre, na noite de sábado (15), estava a caminho da igreja,
acompanhado de uma das irmãs e da avó. O relato foi feito por um parente
que preferiu não se identificar durante o velório da criança, neste
domingo (16).
Adryan Joaquim Rolim da Rosa, de 9 anos, estava cursando terceira série
do ensino fundamental, e foi atingido com um disparo na Rua Guaíba,
perto da Escola Municipal Afonso Guerreiro Lima.
A família pediu que o momento de luto fosse respeitado durante o
velório, e enterro que acontece ainda neste domingo no Cemitério Jardim
da Paz.
O familiar relatou, no entanto, os momentos que antecederam a morte de
Adryan. Ele caminhava com a avó e com a irmã pela rua em direção à
igreja. A família é Testemunha de Jeová. A mãe tinha se atrasado um
pouco, mas seguia logo atrás, acompanhada da outra filha.
Durante o trajeto, Adrian pediu para comprar um doce em um bar que
ficava no caminho. A avó autorizou, e ficou do outro lado da rua,
enquanto o menino entrava no mercado.
Neste momento, dois homens chegaram em duas motos e abriram fogo contra
um desafeto que estava no local. Conforme o relato do familiar, foram
muitos tiros, e um deles acabou atingindo a criança na altura do olho.
O alvo dos criminosos, conforme a Polícia Civil, fugiu do local sem ser atingido pelos atiradores.
O familiar que relatou a história conta que vive bem próximo do local
onde a criança foi baleada. Após ouvir os tiros ele saiu de casa para
ver o que tinha acontecido e ouviu alguém dizer que uma criança tinha
sido baleada.
Quando chegou no local, reconheceu Adrian. Ele socorreu a criança em
seu carro e dirigiu até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região.
Os médicos tentaram reanimar o menino, mas após cerca de uma hora, foi
constatado o óbito da criança.
O delegado Rodrigo Reis, da 1ª Delegacia de Homicídios e Proteção à
Pessoa (DHPP), diz que por enquanto a hipótese mais provável é a de que a
criança realmente tenha sido vítima da violência gerada pelo tráfico de
drogas.
“Já fizemos alguns levantamentos preliminares no local do crime, e hoje
(domingo ) já trabalhamos com algumas hipóteses”, afirmou, dizendo que
parentes e testemunhas serão chamadas para prestar depoimento.
Conforme o delegado, é importante também a participação de moradores
que possam contribuir com informações, sem a necessidade de
identificação. O número para a denúncia é: : 0800-51-046-69
Fonte: G1 RS
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