26/04/2017 09h59
Rio de Janeiro
Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil
As
exportações brasileiras cresceram 24,4% no primeiro trimestre deste ano
na comparação com o mesmo período de 2016. Ao mesmo tempo, as
importações aumentaram 12%. A balança comercial registrou superávit de
US$ 14,4 bilhões. Os dados são do Indicador Mensal da Balança Comercial,
da Fundação Getulio Vargas (FGV), e foram divulgados hoje (26) no Rio
de Janeiro.
Com o resultado da balança comercial, estima-se que o
comércio externo brasileiro encerre o ano com um saldo positivo de US$
50 bilhões.
Em relação ao volume, as exportações cresceram menos
(11%) do que as importações (17%) no primeiro trimestre deste ano, em
relação ao mesmo período de 2016. A maior alta nas exportações foi
observada no setor da indústria extrativa (38%), seguido pela indústria
da transformação (9%). A agropecuária teve uma queda de 7%. As
exportações de não commodities aumentaram 16% e as de commodities, 6%.
O
maior crescimento no volume importado ocorreu na indústria de
transformação (23%), seguido pela extrativa (11%). A agropecuária teve
queda de 4%.
Preços dos produtos negociadosOs termos de troca penderam a favor da balança comercial brasileira, com uma melhora de 19% na comparação com o primeiro trimestre de 2016, devido ao aumento de 15% do preço das exportações e da queda de 3% do preço das importações.
Isso pode ser explicado principalmente pelo comportamento das commodities.
Enquanto o preço de importação desses produtos recuou 11%, o preço da
exportação avançou 29%. Entre as não commodities, o preço das
exportações não variou, enquanto o valor das importações caiu 6,5%.
Entre
os setores econômicos, os preços das exportações da indústria extrativa
cresceram 75%, enquanto o preço das importações caiu 9%. Na indústria
da transformação, o preço das exportações cresceu 5%, enquanto o das
importações caiu 7%. Na agropecuária, os preços dos exportados cresceram
menos (9%) do que os dos importados (17%).
“Os preços das commodities estavam
deprimidos até o final do ano passado e, neste início de ano, tiveram
uma recuperação. No caso do Brasil, por exemplo, os preços de minério de
ferro e petróleo melhoraram. Também temos uma demanda internacional
mais favorável [para as exportações brasileiras]”, disse a pesquisadora
da FGV, Lia Valls.
Edição: Kleber Sampaio
Fonte: Agência Brasil
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