Carlinhos
Três Pontes foi surpreendido pelos agentes, resistiu à prisão e acabou
sendo baleado. Criminoso era um dos mais procurados do estado.
Uma grande operação da Polícia Civil do Rio para combater a milícia na
Zona Oeste do Rio, na madrugada desta sexta-feira (21), resultou na
morte do miliciano Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes,
líder de uma milícia que atua na região e um dos criminosos mais
procurados do estado.
De acordo com informações da polícia, ele foi surpreendido pelos
agentes, resistiu à prisão e acabou sendo baleado. Ainda segundo a
polícia, o criminoso chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos
ferimentos.
Carlinhos comandava o tráfico de drogas em comunidades da Zona Oeste do
Rio e também atuava no controlave de vans que circulam da região.
A operação foi realizada pelo Departamento Geral de Polícia
Especializada (DGPE), que contou com agentes da Divisão de Homicídios da
Capital (DH) e da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC).
Líder de mílicia era ex-traficante
Após as prisões de grandes líderes da maior milícia da Zona Oeste, como
Ricardo Teixeira Cruz, o Batman, Toni Ângelo de Souza Aguiar e Marcos
José de Lima Gomes, o Gão, todos ex-policiais, alguns nomes passaram a
ser cogitados para assumir o comando. Um deles era o ex-traficante
Carlinhos Três Pontes, que conseguiu ganhar prestígio entre os
milicianos após tomar a favela Três Pontes do tráfico.
“Ele é o que se chama de pé inchado, o sujeito que não é oriundo das
forças policiais e de segurança, mas ganhou muita confiança nesse
processo de diversificação de pessoal da milícia, justamente porque
demonstrou lealdade e tomou território da maior facção criminosa do Rio.
Então, quando o Gão foi preso, resolveram que por uma questão de menor
exposição, o Carlinhos Três Pontes assumiria a Liga da Justiça”,
explicou o promotor Luiz Antônio Ayres, titular da promotoria de Santa
Cruz.
As milícias existem desde a década de 70, mas começaram a ganhar força
no Rio nos anos 90. Em 2005, a imprensa começou a denunciar os abusos
cometidos por esses grupos e em 2008 eles chegaram a torturar uma dupla
de repórteres de um jornal carioca na comunidade do Batan, na Zona
Oeste. Atualmente as milícias fazem transporte irregular, e cobram taxas
de moradores para fornecer serviços ilegais de TV a cabo, botijão de
gás, cesta básica e segurança local.
Fonte: G1 Rio
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