segunda-feira, 29 de maio de 2017

A PALAVRA DE DEUS

Os israelitas conservaram a serpente de bronze por mais de 700 anos. Nesse período, o símbolo fez -se ídolo, o ídolo tomou o lugar de Deus e acabou por induzir Israel à apostasia. A serpente, agora, era incensada como a deusa Neustã, cujo nome em hebraico significa ídolo de bronze. Houve um homem, entretanto, que se dispôs a desafiar a tradição, e a restabelecer o culto de Deus. Seria Ele considerado o melhor Rei de Judá de todos os tempos (2 Reis 18.5). Tão logo assumiu o trono ''tirou os altos, e quebrou as estátuas, e deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera, porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe chamavam Neustã''  (2 Reis 18.4).  As oposições a Ezequias não eram pequenas. A classe sacerdotal tinha a serpente como um objeto sagrado; os príncipes olhavam-na como relíquia de um glorioso passado; e o povo, em sua ignorância, devotava-lhe singular estima, pois nela todos  viam uma divindade. Fosse Ezequias um mero homem do povo, e haveria de transformar a  serpente num patrimônio da humanidade. Acontece, porém, que ele era um homem de Deus. E sabia muito bem que nada poderia estar acima do Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Não estaremos nós a incensar alguma Neustã? Pode ser que, no passado, determinado objeto, conceito ou atitude, tenha-nos sido uma grande bênção. Agora, porém, se continuarmos a mirar em tais coisas, podemos correr o risco desviar-nos da Palavra de Deus, que exige nos renovemos a cada manhã. Nenhum conceito pode estar acima da Palavra de Deus. A Bíblia é soberana! Seus preceitos, suas leis e sua primazia estão acima de qualquer instrução, patrimônio, pessoa,  títulos, cargos, influência, posses, fama, bens, dotes ou de qualquer outra coisa que nos seja predileta e talvez já transformada numa neustã em nossa vida. Os hebreus não tiveram problemas apenas com os deuses pagãos. Enfrentaram também sérias dificuldades com a bênçãos que lhes dispensava o Senhor. É que eles, como muitos de nós, tinham a perigosa tendência de colocar a bênção acima do Abençoador; a cura acima do Médico dos médicos; a prosperidade acima do Dono da prata e do ouro; e a Vitória acima do triunfante Senhor dos Exércitos. Acontece, porém, que nada pode assumir o lugar de Deus em nossa vida ou na vida da Igreja.   

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